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HOMILIA DO 4º DOMINGO COMUM (ANO A)

Este é o domingo das “Bem-aventuranças”. Durante vários domingos proclamar-se-á o evangelho do Sermão da Montanha. Jesus inicia o seu ministério em Cafarnaum e percorre a Galileia, acompanhado do pequeno grupo que escolheu no domingo passado. Hoje, sobe a uma montanha e faz o seu sermão programático. No domingo passado, Jesus anunciava que o Reino está próximo e, hoje, apresenta as condições indispensáveis para entrar no Reino.

Como se conhece um discípulo de Cristo? A resposta é fácil e, ao mesmo tempo, difícil. A proclamação das Bem-aventuranças é fácil e fascinante, mas é difícil encarnar o seu espírito e viver como Jesus viveu. As Bem-aventuranças identificam Jesus e devem identificar os seus discípulos. Diz-se que as Bem-aventuranças são o compêndio do Evangelho. Jesus viveu todas através das suas palavras e obras e quer que os seus discípulos façam o mesmo. Não se trata de praticar uma e deixar as outras, mas viver todas. O batizado vive o presente esperando a glória futura, onde os pobres de hoje serão bem-aventurados na manhã do Reino dos céus; os famintos de hoje serão saciados; os que sofrem hoje alcançarão misericórdia; os puros de coração, verão a Deus; os que hoje trabalham pela paz serão chamados filhos de Deus; os que hoje são perseguidos por causa da justiça gozarão da paz no Reino dos céus. No Sermão da Montanha, as palavras de Jesus contêm um programa contrário à forma de pensar e de viver do seu tempo e da sociedade de hoje. Será que é um programa de loucos? Quem o pode viver? Jesus foi o pobre, o sofredor, o manso, o justo, o misericordioso, o inocente, o criador de paz e o perseguido injustamente até à morte de cruz. O programa messiânico fundamenta-se na paixão, morte e ressurreição de Cristo. A nossa identidade cristã está na vivência das Bem-aventuranças.

Todos desejamos ser felizes na vida. Houve acontecimentos e pessoas que nos fizeram felizes. Todavia, não queremos o sofrimento, a dor, a angústia, a pobreza, a humilhação, a perseguição. Procuramos a riqueza, o poder, a imagem social…Muitas vezes procuramos a felicidade e não a encontramos. Então, onde se encontra a verdadeira felicidade? Nas Bem-aventuranças. Ao proclamá-las, Jesus foi revolucionário naquele tempo e continua hoje a ser incompreensível.

Neste domingo, as três leituras apresentam as três coisas necessárias para ser feliz: a humildade, a pobreza e a simplicidade. É evidente que a felicidade não está na própria pobreza, nas lágrimas, na perseguição, mas na forma como se vivem estas situações. Muitas vezes pensamos que os felizes são os ricos, os famosos, os que têm muito dinheiro, casas e carros luxuosos. Será que são felizes ou infelizes? Como encontras a felicidade? Num trabalho responsável, num coração pobre e sem egoísmo, nuns olhos limpos para ver a beleza de Deus em tudo o que nos rodeia, numas mãos sem maldade e sem injustiça. Quem assim vive possui já no seu coração o Reino de Deus, é feliz e faz felizes os outros. A vivência das Bem-aventuranças é a porta para entrar no Reino dos céus.

Cónego Jorge Seixas