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HOMILIA DA VIGÍLIA PASCAL

Na celebração da Vigília Pascal destacam-se três símbolos que nos ajudam a viver a alegria de Cristo ressuscitado: o fogo, a luz e a água. O fogo recorda-nos as palavras de Jesus ditas numa ocasião: “Eu vim trazer o fogo à terra e que quero Eu senão que ele já se tenha ateado?”. Na Bíblia, o fogo é sinal da presença de Deus e foi em forma de fogo que se transmitiu a força do Espírito Santo aos apóstolos. O fogo é o símbolo pascal que nos aproxima de Deus e nos transmite a sua mensagem. A luz recorda-nos outras palavras de Jesus: “Vós sois a luz do mundo… Brilhe a vossa luz diante dos homens de modo que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem vosso Pai, que está nos Céus”. A luz da Páscoa ilumina as trevas e as pessoas que mais dela necessitam. A água recorda-nos o nosso batismo e a nossa condição de batizados.

As leituras bíblicas narram-nos testemunhos de quem viveu a alegria da Ressurreição de Jesus. Transmitiram-nos três mensagens: 1) Cristo está vivo, Cristo venceu a morte; 2) Agora, a nossa fé fundamenta-se numa pessoa viva; 3) Seguir Cristo vivo é lutar para que a vida triunfe, em todo o mundo, sobre os sinais da morte. A primeira mensagem dá-nos a certeza de que a morte, nem a nossa nem a dos outros, não arrebata definitivamente a vida, somente a transforma numa vida nova e gloriosa. A segunda mensagem confirma que a nossa relação com Cristo não é somente a relação com uma pessoa histórica, mas com uma pessoa viva que nos acompanha. A terceira mensagem indica a nossa missão na luta pelo Reino de vida que Cristo veio estabelecer, libertando as pessoas de tudo o que lhes provoca dor e morte. A ressurreição de Jesus abre caminhos de vida para todos os homens e mulheres.

Jesus ressuscitou. E como será a nossa ressurreição? Não é fácil responder. Se acreditamos num estado de vida para além da morte, temos de pensar numa vida diferente da que temos aqui neste mundo. Acreditamos que a morte é uma passagem progressiva para a ressurreição, mas temos de aceitar que não podemos pensar como será a nova realidade. Ressuscitar não é reviver o nosso corpo. Na carta aos Filipenses, S. Paulo diz: “Nós somos cidadãos do Céu e de lá esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo. Ele transformará o nosso corpo miserável, tornando-o conforme ao Seu corpo glorioso com o mesmo poder que Lhe permite sujeitar ao Seu domínio todas as coisas”. A Eucaristia é um bom exemplo do que estamos a dizer: colocamos sobre o altar pão e vinho que, aparentemente, continuam a ser os mesmos, mas uma vez consagrados, acreditamos que já não são iguais, mas que são o corpo e o sangue de Cristo. Adquiriram uma nova vida, uma nova realidade. Assim acontece connosco: a ressurreição devolve-nos à nossa condição de filhos e filhas de Deus, criados à sua imagem e semelhança, não somente no corpo, mas na integridade da pessoa.

Vivamos com muita intensidade e alegria estes mistérios da Páscoa. Que seja esta a mensagem que queremos transmitir a todos aqueles a quem desejamos uma santa e feliz Páscoa.

Cónego Jorge Seixas