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HOMILIA DA SOLENIDADE DA IMACULADA CONCEIÇÃO

Em tempo de Advento, celebramos a solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria, Padroeira de Portugal. Maria foi a primeira a receber a vinda do Filho de Deus à humanidade. Com o seu “sim”, Maria aproxima-nos do grande mistério da encarnação e da humanização de Deus. Nove meses antes da celebração da Festa da Natividade de Maria (8 de Setembro), juntamos as nossas vozes para celebrar a Mãe de Deus no singular privilégio da Conceição Imaculada da sua humanidade. Aquela que foi escolhida para ser a mãe de Cristo, foi concebida sem mancha, sem a culpa do pecado.

A primeira leitura do livro do Génesis é o relato do pecado original, porque foi desta culpa que Maria foi preservada desde o início da sua existência, pelos méritos do seu Filho. “Onde estás?”, perguntou Deus que, por amor, veio ao encontro da sua criatura predileta. Adão respondeu: “Tive medo e escondi-me”, ou seja, respondemos nós, amedrontados. Esta leitura revela todas as nossas inúteis estratégias de defesa, e faz-nos ver como nós nos escondemos de nós mesmos e de Deus, e como descarregamos facilmente as nossas culpas sobre os outros: “A mulher que me destes por companheira deu-me do fruto da árvore, da qual estávamos proibidos de comer, e eu comi”. Seria mais correto assumirmos e confessarmos as nossas culpas, o nosso pecado de orgulho. Mas não. Fugimos, escondemo-nos de nós próprios, e respondemos: “Foi a mulher”, “foi aquele”, “foi aquela”. E se não assumirmos as nossas culpas, se nos escondemos de Deus, como podemos corrigir os nossos erros? Quando nos escondemos de Deus, estamos também a esconder a Alegria, o Amor e o Perdão de Deus. É habitual dizer que esta conhecida página do livro do Génesis narra a entrada do mal no coração do homem e no mundo. Mas do que se trata mesmo é da importância da relação do homem com Deus. Diz-nos que o mal entra no mundo quando o homem quebra esta relação e se desliga de Deus. Deus procurou o homem e a mulher. Eles esconderam-se. Mas não podemos esquecer que o homem não pode estar fechado sobre si, auto-suficiente, mas completamente aberto e voltado para Deus, de quem por amor tudo recebe. E completamente voltado para os outros, a quem tudo entrega por amor.

Ao contrário de nós, Maria foi visitada por Deus, não foge, não se esconde de si mesma, não se esconde de Deus, não esconde Deus na sua vida. Ela tinha consagrado a Deus toda a sua vida. Expõe-se a Deus, aceitando a sua vocação que lhe vem de Deus. Maria vai ser a Mãe, não de um filho, mas do Filho há muito esperado, ansiado e anunciado pelos profetas. É o Filho de Deus, é o Filho de Maria. Por isso, o Anjo Gabriel diz-lhe: Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo” e “Não temas, Maria”. Ao dar conta que tudo o que irá nela acontecer será obra do Espírito Santo, obra de Deus, Maria disse: “Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra”. Deus chama, mas não impõe. A Maria, e a cada um de nós. Podemos sempre aceitar Deus ou esconder-nos de Deus, deixar Deus entrar, ou fechar-lhe a porta. Maria aceitou. Por isso, hoje, podemos dizer: Feliz és tu, Maria, porque acreditaste em tudo quanto te foi dito da parte do Senhor! Feliz também aquele que ouve a Palavra de Deus e a põe em prática.

Neste dia, louvamos a Mãe de Deus e nossa Mãe, a Padroeira de Portugal. Procuremos ir ao encontro dos homens e das mulheres que se escondem de si mesmos, que continuam a esconder-se de Deus. Não esqueçamos que há pessoas que pretendem esconder Deus, retirá-lo da nossa vida, da vida pública, da sociedade de hoje. Às pessoas que andam nas trevas, tristes, escondidas, desanimadas, levemos a Luz, gerada no seio virginal de Maria, Jesus Cristo. Peçamos a Maria que não se canse de derramar sobre nós o seu olhar misericordioso e que nos faça dignos de contemplar o rosto da misericórdia, o seu Filho Jesus.

Cónego Jorge Seixas 

 
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HOMILIA DO 2º DOMINGO DO ADVENTO (ANO C)

Este domingo é marcado pela seguinte frase: “Preparai o caminho do Senhor”. É necessário preparar o caminho do Senhor. Por isso, precisamos de novos profetas, da voz de um novo Isaías ou de um novo João que nos recorde o que Deus quer de nós neste Advento: endireitar as veredas, altear os vales, abater os montes e colinas, endireitar os caminhos tortuosos, para que toda a criatura possa ver a salvação de Deus. Precisamos de bons profetas! Na sociedade, na política e na própria Igreja, precisamos de homens e mulheres corajosos e entusiasmados para abrir novos caminhos que destruam o conformismo com um mundo injusto e desumano. As leituras deste domingo tratam deste tema. São Paulo, na segunda leitura, da Carta aos Filipenses, aponta-nos as três qualidades de um bom profeta: 1) ser rico do amor de Deus; 2) ter ciência e discernimento para distinguir o que é melhor; 3) saber apreciar os autênticos valores, tornando-se puros e irrepreensíveis para o dia de Cristo. As outras duas leituras apresentam o profeta na sua relação com as pessoas. O profeta Baruc anima o povo a “deixar a veste de luto e aflição e a revestir-se para sempre com a beleza da glória que vem Deus, a cobrir-se com o manto da justiça que vem de Deus”. O texto do evangelho apresenta-nos a vocação profética de João Batista que pregava um batismo de penitência para a remissão dos pecados. Os verdadeiros profetas são todos aqueles que vêm iluminar o projeto de Deus e o seu plano de salvação. A partir da sua experiência de Deus, da sua vida interior, tudo fazem para a libertação das pessoas, através da denúncia de todos os laços de escravidão que as oprimem.

Mas, aprofundemos um pouco mais a figura de João Batista que é apresentada pelo texto do evangelho. O texto de S. Lucas é constituído por duas partes. A primeira parte situa a pessoa de João Batista com dados históricos referentes aos governantes do seu tempo: Tibério, Pilatos, Herodes, Anás e Caifás. A segunda parte apresenta João Batista como o cumprimento da profecia de Isaías: “Uma voz clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas”. Através desta profecia, João Batista assume três objetivos: gritar no deserto, preparar o caminho do Senhor, endireitar as suas veredas. Neste tempo do Advento, podemos também assumir estes três objetivos. Como? 1) Gritar no deserto: muitas pessoas estão a perder a esperança e a ficar pessimistas e, neste domingo, ao ouvir falar no deserto, pensam na sociedade atual como um deserto onde não vale a pena gritar porque ninguém ouve. Outras pessoas não querem ouvir a voz de Deus, ou seja, fogem de fazer deserto. Para gritar alguma coisa tem de se ter, em primeiro lugar, algo para gritar. O deserto tem a grande virtude de nos mostrar aquilo que é essencial para sobreviver. Por isso, talvez o nosso grande erro é exigir aos outros aquelas coisas que não são tão essenciais e importantes para a vida. 2) Preparar o caminho do Senhor: hoje, a nossa missão é tornar visível e palpável o amor e a bondade de Deus. 3) Endireitar as suas veredas: é necessário passar de uma Igreja que, por vezes, procurou alcançar o poder por algumas veredas, para uma Igreja que, através do serviço, da simplicidade e da proximidade aos outros, trabalhe pela libertação de tudo aquilo que massacra as pessoas que são os abusos daqueles que organizam e têm nas mãos o poder.

Perante as leituras bíblicas deste domingo, o que fazer? Preparemos o caminho daquele que vem ao nosso encontro. Há tantas coisas que nos impedem de chegar a Cristo! Tenhamos a coragem de altear os vales da depressão, do desânimo e da tristeza, de destruir as montanhas do orgulho, da soberba e da vaidade, de aplanar os caminhos da mentira, do egoísmo, da corrupção, dos vícios e da violência. Só assim estaremos preparados para receber Cristo. Só assim Cristo nos pedirá a chave do nosso coração para entrar e comer connosco e encher-nos com a sua graça para celebrar dignamente o Natal deste ano.

Cónego Jorge Seixas

 
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