Restauro e conservação dos retábulos
da Igreja da Senhora da Conceição
Como já referimos, a Igreja da Nossa Senhora da Conceição está em obras no que toca aos altares.
Os laterais estão praticamente restaurados. A sua intervenção foi a nível superficial e substituição de peças que estavam em mau estado.
O retábulo da capela mor está a ser intervencionado, devido ao seu mau estado de conservação. Foram preenchida as lacunas das madeiras enfraquecidas .
No passado dia 10 de julho, o Prof. Dr. Inês Vaz e o Engº. Balula, acompanhados do Dr. Marcelino fizeram uma visita onde se inteiraram e apreciaram os trabalhos que estão a decorrer.
O Sr. Abílio da Conceição, de 56 anos, entalhador da Empresa Arte e Talha de Santa Comba Dão referiu-nos que já trabalha neste setor desde os 14 anos.
O trabalho que estão a realizar é muito minucioso como por exemplo restauro do sacrário, onde teve de substituir os braços dos anjos, e outros elementos da peça.
Também os marceneiros Sr. Manuel Dias e Sr. Luís Conceição continuam o seu trabalho minucioso de restauro. As obras estão a decorrer a bom ritmo e brevemente poderá apreciar os trabalhos que estão a ser feitos. |
HOMILIA DO 15º DOMINGO COMUM (ANO A)
Neste domingo, e nos dois próximos, escutaremos no evangelho a leitura do capítulo 13 de S. Mateus, que contém as chamadas “parábolas do Reino”, um conjunto de textos que explicam a maneira de como se irá implantar e revelar o Reino, ou seja, o projecto de Deus para o mundo.
As palavras do profeta Isaías introduzem-nos na reflexão deste domingo. Na primeira leitura, ele diz-nos que a Palavra que sai da boca de Deus é “como a chuva e a neve que descem do céu e não voltam para lá sem terem regado a terra, sem a terem fecundado e feito produzir”. É importante acolher e escutar a Palavra de Deus, mas também é importante pô-la em prática, vivê-la, ou seja, torná-la fecunda, através das obras. No evangelho, a conhecida parábola do semeador, explicada pelo próprio Jesus, expressa esta mesma ideia, deixando bem claro que nem toda a semente semeada dará o mesmo fruto, alguma semente perder-se-á. Colaborando nesta sementeira, teremos a oportunidade, como diz S. Paulo na segunda leitura da carta aos Romanos, de afirmar que possuímos as primícias do Espírito para que toda a criação seja salva de toda a corrupção que escraviza, através da nossa própria libertação e a dos outros.
Plantada já a Palavra que nos é proposta pela liturgia, faremos do conteúdo e da explicação de Jesus da parábola do semeador o ponto central da nossa reflexão. Por um lado, pensemos que campo somos, semeados pela semente da Palavra de Deus; por outro lado, não podemos esquecer que somos também semeadores, evangelizadores, enviados a transmitir e a semear esta semente da Palavra no mundo. De repente, a parábola pode parecer a constatação de um grande fracasso, tanto pela recepção e disponibilidade do campo, como pelo trabalho do semeador, porque é pouca a semente que dá fruto. Não podemos esquecer que a parábola é um canto de esperança, porque ainda há campos onde a semente germina e dá frutos e ainda há semeadores que sabem encontrar boa terra para semear. Quem são os elementos destruidores que anulam e impedem a fecundidade da Palavra de Deus nas pessoas e na sociedade? Jesus respondeu a esta pergunta, em particular, aos discípulos: os interesses pessoais, a vida agitada, os medos, os desânimos, os maus semeadores que desconhecem o terreno que cultivam, as faltas de paciência, as faltas de respeito para com as pessoas, as imposições. Então, o que é “dar fruto”? Cuidado com esta expressão, porque a utilizamos tantas vezes como sinónimo de eficácia ou de triunfo, e não é isto! Dar fruto é uma expressão bíblica que consiste em acolher o projecto de Deus para nós e para o mundo. Portanto, não nos são pedidos êxitos, mas esforço e trabalho.
|
Continuar...
|
|
16º DOMINGO COMUM (ANO A)
Neste domingo, continuamos a reflexão das “parábolas do Reino”, que nos explicam a maneira de como se irá implantar e revelar o Reino, ou seja, o projecto de Deus para o mundo. A primeira das três breves parábolas, proclamadas no texto evangélico, a do trigo e do joio, faz referência a algo que sentimos muito bem nas nossas vidas: a existência do bem e do mal ao mesmo tempo. Não podemos esconder que existe o bem e o mal ao mesmo tempo à nossa volta e que é possível fugir e esconder-se do mal. Ele aí está diante de nós! E como alguns se deixam escravizar pelo mal, ou seja, só vêm o mal, não conseguem ver uma luz de bem; são os pessimistas e os de espírito de contradição! Na primeira leitura, o livro da Sabedoria recomenda-nos que “ o justo deve ser humano”, ou seja, não se convencer que é perfeito, porque não o é. E S. Paulo, na sua carta aos Romanos, na segunda leitura, diz-nos que o “Espírito Santo vem em auxílio da nossa fraqueza…e intercede por nós”. A parábola do trigo e do joio ajuda-nos a viver perante o bem e o mal ao mesmo tempo.
A grande lição da parábola do trigo e do joio é a seguinte: perante a nossa vontade de querer arrancar o mal, o mais rápido possível, tem de haver a serenidade de saber esperar e de respeitar o tempo e o ritmo das pessoas; perante a arrogância da intolerância, tem de se saber compreender; e perante o caminho fácil da violência física e moral, há a força do diálogo. Assim se define o estilo de vida dos filhos de Deus. Não somos juízes, substituindo e ultrapassando Deus. O salmo deste domingo recorda-nos o estilo da nossa vida, imitando Deus: “o Senhor é um Deus bondoso e compassivo, paciente e cheio de misericórdia e fidelidade”. Deus não tem pressa nem vontade de castigar, porque é misericordioso. Deus não se cansa de perdoar, nós é que nos cansamos de ir ao encontro da sua misericórdia.
Perante a existência do bem e do mal ao mesmo tempo na nossa vida, a partir do evangelho deste domingo, sabemos o caminho a percorrer que é tão fácil na teoria, mas difícil na prática. Facilmente, caímos na tentação de pensar que nada conseguimos com os nossos pequenos gestos ou acções, porque a força do mal é poderosa, ou seja, a boa vontade e as boas obras de alguns não são suficientes para lutar contra a força do mal. E é aqui que as outras duas breves parábolas deste domingo, a do grão de mostarda e a do fermento, nos poderão ajudar. Elas dizem-nos que, apesar da pequenez das nossas boas obras, teremos sempre de acreditar na sua força e no seu poder. Quantas vezes uma palavra de ânimo e de conforto, um sorriso, um gesto de amizade e de carinho, um trabalho bem feito, e tantas outras coisas pequenas e humildes, são tão fortes! Gestos e obras pequenas, mas persistentes, darão sempre grandes resultados. “Muitas coisas pequenas, em muitos lugares pequenos, feitas por gente humilde e simples, podem transformar o mundo” (Eduardo Galeano).
A construção do Reino de Deus parece uma utopia, ou seja, algo que nunca se irá realizar, mas é possível. Apesar de tantas contrariedades da vida e da sociedade, um Reino de amor, de justiça e de paz é possível. Que fazer? Imitar a paciência de Deus e, sobretudo, o estilo de Deus: quem parece perder, ganha; e, muitas vezes, quem parece ganhar, está a perder.
Que o Senhor nos ajude a aceitar o ritmo das pessoas e dos tempos, a ter paciência perante a realidade que temos diante de nós. Nunca percamos a vontade de ajudar as pessoas no tempo e com o tempo. Não nos arrependamos de fazer o bem. Pequenos, mas fortes no amor de Deus. Humildes, mas entusiasmados a cuidar dos mais frágeis. Assim, o mal será sempre derrotado pelo bem.
Cónego Jorge Seixas |
34º. PASSEIO PAROQUIAL DE MANGUALDE
Conforme constava no programa previamente anunciado, realizou-se no passado domingo, dia 6 de Julho, o Passeio deste ano, com destino à cidade de Tomar (cidade Templária) e com passagem pelo Santuário de Fátima.
Assim, a partir das 7 horas da manhã os 7 autocarros começaram a recolher os 350 passageiros nas zonas da cidade e nas aldeias, de modo que todos se concentraram na Av. Sá Carneiro (junto ao LIDL), para pelas 8 horas daí saírem com destino à primeira paragem em Coimbra, mais concretamente no parque da “Praça da Canção” junto à Ponte de Santa Clara, para se tomar o pequeno-almoço.
Retomou-se a viagem seguindo pela A13 em direção à cidade de Tomar, onde chegámos perto do meio-dia.
Lembramos que desde a saída de Mangualde e até à chegada a Tomar tivemos tempo chuvoso, podendo, sem exagero, dizer que houve momentos de chuva intensa.
Felizmente e com a ajuda de S. Pedro a partir daí o sol apareceu o que permitiu que todos seguíssemos para a Igreja de S. João Batista, para a celebração da Eucaristia, às 12 horas, presidida pelo nosso Pároco Senhor Cónego Jorge Seixas.
Após o almoço as pessoas tiveram a oportunidade de visitar o centro histórico da cidade, pelo que pelas 16 horas regressaram aos autocarros, para se dar continuidade ao programa, seguindo para o Santuário de Fátima, e para se lanchar.
Pelas 18 horas regressámos à nossa terra, com uma pequena paragem técnica na Área de Serviço da Aguieira, tendo chegado pelas 20,45 horas.
Tal como atrás dizemos, iniciámos o nosso Passeio com tempo desagradável mas, felizmente, todos chegámos satisfeitos e agradados com a maneira como o mesmo decorreu.
Convem realçar que, este ano, nos foram atribuídos pela Empresa de Camionagem 7 bons autocarros tendo sido muito bem conduzidos pelos seus motoristas, excelentes profissionais.
|
|