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Paróquia de Mangualde
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HOMILIA DA COMEMORAÇÃO

DE TODOS OS FIÉIS DEFUNTOS

“Senhor, se estivesses aqui, meu irmão não teria morrido!”. No texto do evangelho, este desabafo de Marta dá voz ao nosso protesto silencioso, nesta manifestação de dor, de fé, de esperança e amor! De certo modo, Marta representa-nos aqui a todos, neste lugar, em que um turbilhão de perguntas irrompe do mais fundo do nosso coração, e parece pôr à prova a nossa fé. Também podemos perguntar a Jesus: “porque deixaste morrer o meu irmão, o meu marido, a minha esposa, o meu filho, o meu amigo?”. “Porque não fizeste nada a tempo de o salvar?”. Ou, em alguns casos, gritaremos, com mais força ainda: “Senhor, porque o levaste tão cedo?” Talvez nos apeteça mesmo dizer, com toda a franqueza: “Senhor, como Te podes considerar nosso amigo, se não fizeste nada, para evitar a sua morte?” Nós, como Marta, voltamo-nos, para Jesus, como nossa única e última esperança! E fazemos bem, porque só Jesus realmente pode responder e corresponder, por inteiro, a esse clamor, a este desassossego, que lavra dentro de cada um de nós!

E o que nos responde Jesus? Que diz Jesus a Marta, que O interpela e O questiona, sobre a morte prematura de seu irmão? Jesus diz-lhe simplesmente: “Teu irmão ressuscitará”. Talvez a nós, como a Marta, isso nos pareça muito pouco! Olhamos ainda para a ressurreição como uma promessa distante, uma hipótese remota. Mas Jesus insiste e esclarece: “Eu sou a Ressurreição e a vida”, como se dissesse a Marta: “Olha, Marta, tu querias apenas que eu evitasse a morte ou prolongasse a vida do teu irmão! Mas eu não vim, a este mundo, para aumentar um palmo à vida dos homens, ou eliminar a realidade humana da morte: Eu vim para que tenham vida e vida em abundância, a vida na sua plenitude, a vida eterna, a própria vida de Deus”. A Ressurreição e a Vida, diz-lhe Jesus, sou Eu mesmo: “quem vive e crê em mim, não morrerá jamais”! Mais tarde, quando Jesus morrer, na Cruz, e ressuscitar vitorioso na manhã de Páscoa, Marta poderá compreender o sinal antecipado da ressurreição de Lázaro, seu irmão. Jesus deixará então bem claro, no alto da Cruz, a promessa que se cumpre: “hoje mesmo estarás comigo no Paraíso”. Ressuscitar é isto mesmo: viver de Cristo e por Cristo, viver em Cristo e com Cristo, numa plenitude de vida, em que o amor de Deus vence a própria morte!

Apesar do desabafo, Marta acabou por fazer um ato de fé: “acredito, Senhor, que Tu és o Messias, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo”. Este ato de fé é fundamental e é a nossa segurança, sobretudo quando nos confrontamos com a morte de um pai, de uma mãe, do irmão, da esposa, do marido, de um filho, de um familiar, de um amigo! Na verdade, o mistério da vida e da morte só pode ser compreendido e aceite, na fé. Como nos dizia São Paulo, “caminhamos à luz da fé e não da visão clara”. Só a fé nos pode ajudar a perceber que há um Deus! Este Deus interrompeu o seu silêncio; este Deus falou, por meio de Seu Filho. Este Deus conhece-nos, ama-nos! Este Deus entrou na nossa história, viveu e morreu, como nós e por nós. E da morte ressuscitou, para nos ressuscitar com Ele e como Ele. Jesus sofre connosco até à morte, e daí nos levanta e ressuscita para uma vida que nunca mais acaba.

Esta é afinal a resposta de Deus às nossas perguntas: não responde com um discurso, com uma teoria sobre a vida para além da morte: responde com a vida, a morte e a ressurreição de Jesus! Que a luz da fé não nos deixe tropeçar no desânimo e no desespero! Que a luz da fé mantenha acesa a nossa esperança na vida eterna. Que a luz da fé nos dê esta certeza de que o amor de Deus é mais forte que a própria morte! Rezemos como os apóstolos: “Eu creio, Senhor, mas aumenta a nossa fé”. Professemos todos juntos a fé, como Marta, dizendo “Senhor, eu creio que Tu és o Messias, o Filho de Deus que havia de vir ao mundo”.

 
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HOMILIA DA SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS

Celebramos a Solenidade de Todos os Santos. Os textos bíblicos deste dia descrevem admiravelmente os caminhos da santidade cristã. Mas, o que é a santidade? O Senhor Deus é a única fonte de santidade, admirável em todos os santos. Neste dia, pedimos-lhe que nos conceda a graça de também chegarmos à plenitude do seu amor e participar no banquete da pátria celeste. A santidade é a plenitude do amor. Só uma plenitude assim pode encher de felicidade o coração humano. Por isso, escutando as bem-aventuranças no evangelho, damos conta de quando se diz “Bem-aventurados os pobres em espírito, os humildes, os que choram, os que sofrem, os que têm fome e sede de justiça, os misericordiosos, os puros de coração, os que promovem a paz, os perseguidos”, bastaria dizer somente: “Bem-aventurados os santos”.

Cada uma das bem-aventuranças é um caminho para a santidade. Os pobres em espírito são santos, porque a sua verdadeira riqueza é Deus. Aqueles que sofrem são santos, porque a mansidão ou a humildade é a atitude própria da criatura perante o seu Criador. São santos aqueles que choram, porque as suas lágrimas são de arrependimento pelos próprios pecados e pelos pecados dos seus irmãos, lágrimas pelo pecado do mundo. São santos todos aqueles que têm fome e sede de justiça, ou seja, têm fome e sede de que Deus salve a humanidade. Os misericordiosos são santos, porque se aproximam dos mais necessitados e dos que sofrem. Os que são puros de coração são santos, porque o seu coração e os seus olhos foram lavados com o sangue do Cordeiro e, assim, podem ver com clareza as coisas do céu e as coisas da terra. Aqueles que mais trabalham pela paz são santos, porque lutam para que haja concórdia entre as nações e as pessoas, e progresso humano e espiritual. E os perseguidos são santos, porque são justos. Todos estes formam “a multidão imensa, como diz a primeira leitura do Apocalipse de S. João, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas”. Pensemos também nos mártires que santificaram a vida na solidão de uma prisão, na difamação e na violência moral e física que sofreram, naqueles que morreram nos campos de concentração e de refugiados ou com um tiro numa rua ou numa escola. Mas há outro martírio: é o testemunho silencioso e heroico dos cristãos que vivem o Evangelho na clandestinidade, cumprindo o seu dever e dedicando-se generosamente ao serviço dos pobres. Como diz a primeira leitura, são “estes os que vieram da grande tribulação, os que lavaram as túnicas e as branquearam no sangue do Cordeiro”.

Muitos são os caminhos que Deus abriu à humanidade com o seu Evangelho, mas o ponto de chegada é sempre o mesmo: a santidade. Há muitas maneiras de ser santo, como Jesus Cristo, o Santo, por excelência. Felizes os santos, porque deles é o Reino dos céus. São santos aqueles, estando ainda na terra, vivem já no céu, e tendo alcançado a glória do céu, não deixam de estar presentes na terra. Os santos são todos aqueles que deram a sua vida como oferenda de amor. Mas estes homens e mulheres eram nossos irmãos, iguais a nós, com fraquezas e misérias. Então, porque são santos? Porque deixaram o seu interior ser inundado pela graça de Deus. Por isso, veneramos todos eles como santos, ou seja, como amigos de Deus e nossos amigos.

Na segunda leitura da Primeira Epístola de São João é dito: “Vede que admirável amor o Pai nos consagrou em nos chamar filhos de Deus. E somo-lo de facto”. Deus é Pai, ama-nos como Pai. A melhor maravilha é a certeza que somos filhos de Deus. Com a morte e a ressurreição de Cristo, foi restabelecida em nós a filiação divina. Em Jesus somos filhos de Deus. Por isso, a nossa maior riqueza é viver como filhos e filhas de Deus, seguindo a vontade de Jesus. Procuremos seguir o caminho de santidade que Deus pensou para cada um de nós: “Sede perfeitos, como o vosso Pai Celeste é perfeito”. Que a multidão dos santos, os bem-aventurados aos olhos de Deus misericordioso, interceda por cada um de nós.

 
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Jornal - Geral

Santuários de S. Bento das Peras e da Nossa Senhora da Assunção

 

No passado dia 8 de julho, à semelhança dos anos anteriores, realizou-se mais um Passeio Paroquial, organizado pela Paróquia de Mangualde e pela FNA – Fraternidade Nuno Álvares.

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HOMILIA DO 30º DOMINGO COMUM (ANO B)

Uma pergunta impressionante de Jesus no texto evangélico deste domingo: “Que queres que Eu te faça?”. Uma resposta clara e suplicante a esta pergunta: “Mestre, que eu veja”. No domingo passado, o pedido feito a Jesus tinha como finalidade satisfazer a ambição pessoal dos dois irmãos discípulos, Tiago e João (sentar-se junto de Jesus na glória). Hoje, o pedido do cego Bartimeu é humilde e simples: Mestre, que eu possa ver. Nestes últimos domingos, temos vindo a refletir nos diversos encontros de algumas pessoas com Jesus. Perante a maldade dos fariseus, Jesus responde clara e diretamente, com autoridade e sensatez. Perante a bondade do homem rico, responde com ternura mas também com exigência. Perante a ânsia de poder dos seus discípulos, Jesus responde com compreensão e bondade.

Neste domingo, encontramos o melhor exemplo e a melhor forma de nos aproximarmos de Jesus. “Quando Jesus ia a sair de Jericó com os discípulos e uma grande multidão, estava um cego, chamado Bartimeu, filho de Timeu, a pedir esmola à beira do caminho”. Por causa da sua doença, era excluído da vida religiosa e estava sozinho. Certas doenças, neste caso a cegueira, eram consideradas castigo de Deus. Vivia das esmolas que lhe davam. Mas este humilde cego recebeu a maior esmola da sua vida: a luz da fé em Jesus Cristo. E porque tinha fé, este homem recebeu o milagre da mudança da sua vida: atirou fora a capa da sua vida passada, deu um salto e seguiu Jesus, Luz e Salvador do mundo.

Como é que este cego se aproximou de Jesus? Ele está sentado à beira do caminho. Não se pode mexer, porque não vê. A única coisa que pode fazer é pedir umas moedas às pessoas. E esta rotina é quebrada, quando dá conta que bem perto dele passa Jesus. Em primeiro lugar, escuta Jesus que passava; a fé vem através do ouvido; e da cegueira passa à visão e da mendicidade no caminho passa a ser seguidor de Jesus. Em segundo lugar, lança o grito da fé: Bartimeu reconhecendo-O como Messias, clama misericórdia. Não se conforma com umas moedas e pede-lhe que veja: “Jesus, Filho de David, tem piedade de mim; Mestre, que eu veja”. Em terceiro lugar, Bartimeu ultrapassa todos os obstáculos. Além da cegueira e da pobreza, repreendem-no para calar-se, mas ele grita cada vez mais. Quando foi chamado, “atirou fora a capa, deu um salto e foi ter com Jesus”. A capa é o maior bem de um pobre, a única coisa que lhe pertence, é a sua coberta para a noite, o seu abrigo para o frio, é onde guarda as moedas que lhe dão. Dar um salto é um gesto de confiança em Jesus. Ele consegue o que queria: estar diante de Jesus. Este encontro começa com uma pergunta: “Que queres que Eu te faça?”. E termina com a sua cura: “Vai: a tua fé te salvou. Logo ele recuperou a vista e seguiu Jesus pelo caminho”.

Bartimeu muda toda a sua vida: era cego e agora vê, estava sentado à beira do caminho e agora está com Jesus e com os discípulos. Quando o cego Bartimeu recupera a vista, não duvida em seguir Jesus pelo caminho. Qual caminho? O caminho de Jesus para Jerusalém: o caminho da entrega por amor e para salvar a humanidade. O cego Bartimeu é um exemplo a seguir.

Todos somos convidados a evangelizar curando, ajudando a abrir os olhos, aproximando as pessoas de Jesus, dizendo: “Coragem! Levanta-te que Ele está a chamar-te”. Não sejamos do grupo que abafa os clamores de quem sofre, mas daqueles que animam e encorajam os outros a irem ter com Jesus para deixarem a cegueira das preocupações, das doenças e dos sofrimentos e serem guiados pela Luz de Cristo que quer iluminar a terra inteira e também a nossa vida.

 
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HOMILIA DO 29º DOMINGO COMUM

(ANO B)

O texto do evangelho diz-nos que os dois irmãos, discípulos de Jesus, Tiago e João, filhos de Zebedeu, aproximaram-se do Mestre para lhe fazer um pedido. Nesta viagem para Jerusalém, já foram ao encontro de Jesus os discípulos, os fariseus e um homem rico. Mas, agora, são dois discípulos que lhe querem fazer um pedido. E este pedido expressa ainda mais a ignorância dos discípulos sobre a Paixão que irá passar o Messias, sobre o sofrimento e a dor que, em breve, terão de suportar. Jesus já anunciou por três vezes a sua paixão, morte e ressurreição, mas eles não entendem, e têm a ousadia de pedir os primeiros lugares no reino: “Concede-nos que, na tua glória, nos sentemos um à tua direita e outro à tua esquerda”. Jesus irá começar a reinar a partir da cruz e eles já estão a pedir os primeiros lugares do Reino da Glória.

Depois do pedido feito, Jesus diz: “Não sabeis que estais a pedir”, ou seja, eles não têm consciência do que estão a pedir. Porque para chegar ao Reino da Glória é preciso fazer caminho com Jesus, imitar Jesus, ter os mesmos sentimentos: “Podeis beber o cálice que Eu vou beber e receber o batismo com que Eu vou ser batizado?”. Tiago e João responderam: “Podemos”. Não sabem o que estão a pedir, mas expressam que amam Jesus e confiam em Jesus. Fazer caminho com Jesus, seguir Jesus, é necessário experimentar o sabor da Paixão, da Cruz.

Ao ouvir este pedido de Tiago e João, os outros dez discípulos ficaram indignados perante as pretensões dos dois irmãos. Então, Jesus chamou-os e deu-lhes uma lição, afirmando: “Quem entre vós quiser tornar-se grande, será vosso servo, e quem quiser entre vós ser o primeiro, será escravo de todos”. Com esta frase, Jesus quer corrigir as pretensões dos discípulos. Mas isto também serve para nós. A nossa vida, a nossa vocação de seguir Jesus não se mede pelas pretensões, pelas honras, pelos melhores lugares, mas pela nossa vontade de servir. Um serviço que supõe humildade e amor. Um serviço que não busca o reconhecimento dos homens mas a glória de Deus. Um serviço a imitar o exemplo do Mestre: “O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e dar a vida pela redenção de todos”. Assim, já não reinarão a ambição, o egoísmo e o poder, mas o serviço, a humildade, a generosidade e o amor.

Que o Senhor nos ajude a ter consciência do lugar que ocupamos em relação aos outros: como pais, como filhos, como trabalhadores, como cidadãos, como cristãos. Que o Senhor nos ilumine a servir aqueles que nos rodeiam, reconhecendo neles o rosto de Cristo. Que o Senhor nos faça entender que não estamos para servir os poderosos, mas os pobres, os necessitados, os desempregados, os que são escravos das suas paixões, os “cristos” abandonados da nossa sociedade. Pensemos no mal que causam ao Povo de Deus os homens e as mulheres da Igreja que usam os irmãos e as irmãs, aqueles a quem deveriam servir, como trampolim para os interesses e as ambições pessoais! Não esqueçamos a frase de Madre Teresa de Calcutá: “O fruto do silêncio é a oração. O fruto da oração é a fé. O fruto da fé é o amor. O fruto do amor é o serviço. O fruto do serviço é a paz”.

 
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