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Paróquia de Mangualde
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HOMILIA DO 5º DOMINGO DA QUARESMA

(ANO C)

Depois da reflexão da parábola do filho pródigo, neste domingo, nas leituras bíblicas, encontramos a forma de viver a misericórdia e um grande exemplo de Jesus Cristo a exercer a misericórdia: o perdão à mulher pecadora. Tendo em conta a primeira leitura do profeta Isaías, podemos afirmar que a misericórdia de Deus convida-nos a não recordar o passado, porque as águas da sua graça divina limparam a nossa consciência no dia do nosso batismo, abriram caminho no deserto da nossa vida e fizeram correr rios na terra árida do nosso coração. Na segunda leitura, São Paulo afirma que a misericórdia divina lança-nos para a frente na vida, sem olhar para trás, rumo à meta da santidade. Jesus Cristo é a expressão máxima da misericórdia de Deus, perdoando quando confessamos os nossos pecados, dizendo: “Vai e não tornes a pecar”. Como se isto não bastasse, Ele avisa-nos para não atirarmos pedras de condenação aos outros, porque não somos juízes de ninguém.

O texto do evangelho diz-nos que os escribas e os fariseus apresentaram a Jesus uma mulher surpreendida em flagrante adultério. Esta mulher estava solteira e era noiva. Por isso, os seus acusadores, profissionais da lei, pedem contra ela a pena de morte por apedrejamento. A mulher sabe a morte que lhe espera e não se queixa, sabe que pecou. Mas, onde está o homem com quem foi apanhada em flagrante adultério? Nada se sabe dele, talvez escondido em algum lado ou no meio daqueles que a queriam apedrejar. Ninguém atira uma pedra, porque todos são pecadores! Os mais jovens não começaram atirar pedras, porque ainda eram ingénuos, os mais velhos nada fizeram, porque já sabiam todas as estratégias de atirar pedras aos outros e esconder a mão.

Os escribas e os fariseus não apedrejaram logo a mulher pecadora, porque queriam armar uma cilada a Jesus e, assim, terem pretexto para O acusar. Será que Jesus iria lançar a primeira pedra sobre esta mulher? Se Jesus fosse contra a Lei, seria já motivo de acusação e da sua condenação. Se Jesus ficasse indiferente perante este caso, perderia toda a sua autoridade, porque iria contradizer toda a sua pregação, fundamentada no amor e na misericórdia. Durante a sua vida, Jesus confundiu muitas vezes os seus inimigos com a sua sabedoria, deixando-os sem resposta e obrigando-os a mudar de atitude. Neste episódio da mulher adúltera, Jesus procedeu do seguinte modo: em primeiro lugar, “inclinou-se e começou a escrever com o dedo no chão”; em segundo lugar, como persistiam em interrogá-lo, Jesus dá uma resposta brilhante, através da qual consegue três coisas: não contradiz a lei e assim não o podem acusar; perdoa a mulher pecadora e assim faz o que o seu coração deseja; e confunde os escribas e os fariseus, afirmando: “Quem de entre vós estiver sem pecado atire a primeira pedra”. Jesus condena o adultério, mas não condena a mulher adúltera: “Ninguém te condenou? Nem Eu te condeno. Vai e não tornes a pecar”. Coisa impressionante! Condena-se o pecado, mas não o pecador! Em toda a história da humanidade, só existiu um homem inocente que, na hora de atirar a primeira pedra, inclinou-se e começou a escrever com o dedo no chão, espantou os acusadores e perdoou a mulher pecadora.

Com este gesto de Jesus, o que podemos aprender para a nossa vida? Quantos de nós talvez andemos a guardar pedras para atirá-las contra os nossos irmãos pecadores? Quantos de nós já atirámos pedras com a nossa língua afiada, com a nossa inveja, com o nosso desprezo e silêncio? Não desanimemos porque pecamos, porque Deus é misericórdia. Tenhamos a coragem de lhe pedir perdão e mudar a vida. Sejamos firmes contra o pecado, mas cheios de misericórdia com o pecador. Que o Senhor tenha piedade de mim que sou um pecador e que me dê um coração manso e humilde, semelhante ao Dele.

Cónego Jorge Seixas 

 

 
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HOMILIA DO 4º DOMINGO DA QUARESMA (ANO C)

Neste domingo, já começamos a sentir a proximidade das festas solenes da Páscoa. Por isso, pedimos a Deus que nos conceda “fé viva e espírito generoso, a fim de caminharmos alegremente para as próximas solenidades pascais”. Na segunda leitura, São Paulo continua a recordar o convite à reconciliação, afirmando: “por Cristo, Deus reconciliou-nos consigo. Se alguém está em Cristo é uma nova criatura. Nós vos pedimos em nome de Cristo: reconciliai-vos com Deus”.

O texto do evangelho é a parábola do filho pródigo, tão conhecida de todos. É a manifestação do grande amor de Deus Pai por cada homem e por cada mulher. É o próprio Jesus que nos dá a conhecer o Pai misericordioso. Ao fazer esta revelação, escandaliza os fariseus e os escribas, porque acolhe e come com os pecadores. Na parábola, o filho mais velho, a quem chamaríamos bom e reto (sempre serviu o pai), também se escandaliza e indigna-se com o seu pai. Mas também o pai é bom e misericordioso para com ele. Sai da festa para ir ao seu encontro e dizer-lhe: “Filho, tu estás sempre comigo e tudo o que é meu é teu”. Como é impressionante constatar o seguinte: o filho mais velho estava sempre com o seu pai, mas não o conhecia! Também nós reconhecemos que Deus está sempre connosco. Mas qual a nossa relação com Aquele que invocamos como nosso Pai e que está nos Céus?

Quem abre o seu coração à voz de Deus nunca desanima nem se desorienta, porque sente o amor misericordioso de Deus Pai, disposto a perdoar, lento para ira e rico de misericórdia. Mas também sente que Deus não tem a pretensão de julgar ou excluir aqueles que, segundo a Lei, aparecem como pecadores. Deus facilita-lhes o caminho de regresso e celebra com alegria este retorno. Neste domingo, somos convidados a fazer o nosso caminho de regresso ao Pai, preparando-nos, assim, para as festas da Páscoa. O Pai está ansioso por nos devolver a dignidade e a alegria da nossa filiação divina, da nossa fraternidade em Cristo Jesus, nosso Redentor. Por isso, na parábola, disse aos servos: “trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha. Ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés. Trazei o vitelo gordo e matai-o. Comamos e festejemos, porque este meu filho estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado”.

As palavras e as ações de Jesus revelam misericórdia. Como Ele sabia ler o coração de cada um e respondia às suas necessidades! Nas parábolas dedicadas à misericórdia, Jesus revela a natureza de Deus como de um Pai que quer vencer o pecado e a rejeição com compaixão e misericórdia. Nestas parábolas encontramos o núcleo do Evangelho e da nossa fé, porque a misericórdia é a força que tudo vence, que enche de amor o coração e que consola com o perdão. A parábola do filho pródigo ensina-nos tanto! A misericórdia não é somente a ação do Pai, mas converte-se no critério para saber quem são realmente os seus filhos. Somos convidados a viver a misericórdia, porque sobre nós é derramada a misericórdia divina. O perdão das ofensas é a expressão mais evidente do amor misericordioso. Por isso, é algo que nenhum de nós se pode esquecer, porque assim o rezamos: “Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”. O perdão é o instrumento colocado nas nossas frágeis mãos para conseguir a serenidade do coração. É isto que Jesus afirma nas Bem-aventuranças: “Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia”.

A parábola do filho pródigo é a parábola do pai misericordioso, é a parábola da festa da reconciliação. A parábola fala-nos de um pecado, mas não fica por aí; fala-nos de um arrependimento, mas não fica por aí; fala-nos de uma conversão, mas não fica por aí; fala-nos do perdão do pai e da confissão do filho, mas não fica por aí! A parábola conta tudo isso para terminar com uma festa e a alegria da reconciliação. Será este sentimento que reinará nos nossos corações, quando nos reconciliarmos com Deus, com os irmãos e connosco próprios.

 
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HOMILIA DO 3º DOMINGO DA QUARESMA (ANO C)

Estamos já no terceiro domingo da quaresma, na terceira etapa desta caminhada para a Páscoa de Nosso Senhor, Jesus Cristo. Através da parábola da figueira que não dá fruto, Jesus convida-nos à conversão e a dar frutos de conversão. Só assim nos prepararemos para a Páscoa.

Como sempre, Deus encontra-se perto de nós e zeloso com o nosso bem. Não damos conta, mas estamos sempre em terra sagrada, ou seja, Ele está tão perto de nós como estava de Moisés no monte Horeb. A primeira leitura diz-nos que Moisés apascentava o rebanho no monte de Deus, o Horeb. Viu uma sarça que estava a arder e não se consumia. E quando ele se aproximou para ver melhor este assombroso espetáculo, o Senhor disse-lhe: “Moisés, Moisés…não te aproximes daqui. Tira as sandálias dos pés, porque o lugar que pisas é terra sagrada. E acrescentou: Eu sou o Deus de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacob”. O Senhor do Universo é um Deus próximo, atento, preocupado com o nosso bem, derrama sobre nós a sua graça e ternura; é compassivo e misericordioso, lento para a ira e rico de misericórdia. Vê a opressão do seu povo, ouve os seus clamores provocados pelos opressores. Por isso, decidiu ir ao encontro do seu povo para o libertar da escravidão do Egito e conduzi-lo para a terra prometida a Abraão e à sua descendência. Também Jesus Cristo, o Filho de Deus, desceu da sua glória, foi enviado e entregue pelo Pai para nos libertar e regressou à glória, depois da sua morte e ressurreição. Deus foi, é e será sempre infinitamente misericordioso com cada um de nós.

O texto do evangelho faz referência a dois acontecimentos trágicos: a ordem de Pilatos mandar derramar o sangue de certos galileus, juntamente com o das vítimas que imolavam e a derrocada da torre de Siloé que, ao cair, atingiu e matou dezoito homens. E foi muito claro na interpretação que fez destes dois acontecimentos: pouco importa a maneira como, onde e quando se morre; o mais importante é estar irrepreensível nessa hora decisiva da nossa vida. Se não nos convertermos, não nos espera a vitória e a glória do céu, mas a morte eterna. A nossa conversão tem de dar frutos: as nossas boas obras, sermos tolerantes e pacientes com todos, semeadores da esperança, diligentes e generosos na caridade. Mas, por vezes, demoramos a dar fruto! Na parábola, o dono da figueira mandou o seu criado cortá-la, porque já não dava fruto há três anos. Mas o vinhateiro respondeu-lhe: “Deixa-a ficar ainda este ano, vou cavar-lhe em volta e deitar-lhe adubo. Talvez venha a dar frutos”. Isto é um aviso para a nossa missão: mudar a nossa vida e ajudar a mudar a vida dos outros. A conversão do nosso irmão pode demorar mais tempo; é necessário não perdermos a esperança e continuarmos a ser mensageiros da paciência, da misericórdia e do amor de Deus. Tantos homens e mulheres vivem sem sentir a força, a luz e a amizade de Jesus Cristo, porque ninguém se aproxima deles para lhes levar o amor de Deus.

Jesus Cristo é um Rei misericordioso que perdoará todo aquele que confessar humildemente os seus pecados. Abramos os nossos corações à sua misericórdia. Cuidemos bem da vida, não construamos castelos de areia que o mar vai destruir, nem sejamos cabeças de vento que se distraem facilmente. Não nos desleixemos na vida. Não esqueçamos a frase de S. Paulo que se encontra na segunda leitura: “Quem julga estar de pé, tome cuidado para não cair”. Olhemos para nós próprios, façamos a revisão das nossas vidas e estejamos vigilantes ao muito que há a mudar. Numa palavra: aproveitemos bem este tempo para nos convertermos, com a certeza que podemos contar com Deus. Ele vem em nosso auxílio, é o nosso Libertador, tem paciência connosco, é o nosso maior aliado para mudarmos as nossas vidas e nunca deixa de acreditar em nós.

Cónego Jorge Seixas 

 
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