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Jornal - Notícias da Igreja

Preparar as Celebrações Pascais

A grande celebração anual dos cristãos é a Páscoa. Foi por causa da Páscoa que entramos em Quaresma. E se a pastoral faz um enorme investimento na Quaresma (e ainda bem, porque uma grande festa requer uma grande preparação!) é por causa da Páscoa. Mal seria, contudo, se esgotássemos as nossas energias na preparação e celebrássemos pobremente a Páscoa. Não estaria bem ter-se a impressão de dar um excessiva importância à Quaresma, de tal modo que esta aparecesse como a grande celebração anual dos cristãos. Isso seria um grave desvio, pois desvirtuaria todo o sentido cristão da Páscoa, reduzindo-a a uma quaresma. O valor, o sentido, a finalidade e a orientação da Quaresma é a Páscoa, quer do ponto de vista espiritual quer do ponto de vista litúrgico. Se não se chega a celebrar a Páscoa festivamente, exterior e interiormente, então a Quaresma foi inútil, foi vã. Os cristãos, de facto, não celebram a quaresma, mas a Páscoa. Nunca será demasiado insistir nisto.

Neste sentido, convém inculcar nos fiéis a importância e, consequentemente, o dever da celebração do Tríduo pascal, mormente da Vigília pascal, mas também da Cinquentena (o Pentecostes ou os Cinquenta dias).

A Páscoa é tempo de festa. Mas também, para muitos, é tempo de férias. Não será a festa da Páscoa um distintivo dos cristãos? Mesmo que ausentes da sua residência habitual, não deixem de celebrar a Páscoa em Igreja, nos lugares em que se encontrem. Os cristãos celebram a Páscoa em três dias, sexta, sábado e domingo (desde a Missa Vespertina da Ceia do Senhor, em quinta-feira santa, até ao fim da tarde do domingo da ressurreição) - que se prolongam nos 50 seguintes - como se fosse uma só celebração.

A liturgia do Tríduo exige uma preparação cuidada, particularmente dos ministros: presidente, acólitos, leitores, cantores, salmistas, organistas, etc.. Em muitos casos, requere-se uma preparação remota. Muitos cânticos deverão ter sido já preparados durante a Quaresma. O Coro, por exemplo, precisa de um repertório adequado, entre outros, para o lava-pés (5ª feira santa), para a adoração da cruz (6ª feira santa), para a aspersão (vigília), para a procissão do Santíssimo Sacramento (5ª feira), para a procissão para o baptistério (vigília), etc.; os leitores (em número razoável) deverão ser bem preparados para as leituras, nomeadamente as da vigília; os salmistas (em número notável) terão de cantar vários salmos, nomeadamente na vigília; os acólitos e outros ministros têm muitas coisas a preparar e devem, sobretudo, preparar-se, com repetidos ensaios, para que a celebração decorra com ritmo, nobreza, naturalidade e beleza. Também o Presidente e o Diácono precisam de uma preparação cuidada, não apenas dos ritos, mas também do canto. Cantar o Precónio pascal e o tríplice Aleluia (na vigília), entoar o canto da apresentação da Cruz e a solene oração universal (na 6ª feira), os Prefácios da Oração Eucarística (de 5ª, da vigília e do domingo), a despedida (na vigília e no domingo).

Todos os domingos do Tempo Pascal (Cinquentena = Pentecostes) são excepcionalmente festivos.

Não são, como outrora se dizia, domingos depois da Páscoa, mas domingos de Páscoa. Essa máxima solenidade deve ser não só interior, mas também exterior. Sem dúvida que, para ela, muito contribui o canto e a música, mas não bastam. Importa lançar mão de tudo o que possa contribuir para o máximo brilho do espaço litúrgico e para o carácter festivo da celebração, a iluminação, os arranjos florais, a limpeza e ornamentação da igreja, a disposição dos celebrantes (todos os participantes na celebração) e a sua participação activa. Deverá, sem dúvida, haver um grande esforço (foi a grande actividade quaresmal) para congregar todos os baptizados em celebrações festivas (não necessariamente longas, palavrosas e enfadonhas). A Páscoa implica um investimento espiritual e material de toda uma comunidade (esse foi o objectivo da quaresma) para a Festa. Há nisto, muito campo de criatividade pastoral, exercitada no Jubileu, que importa não esquecer ou deixar morrer. Sem a longa Festa da Páscoa, o cristianismo perde o seu sentido.

Eis um tema, um assunto para uma urgente reunião do Conselho de Pastoral paroquial, ou das equipas de pastoral, porventura de assembleias de pastoral paroquial: Como vamos celebrar a festa da Páscoa: o Tríduo e a Cinquentena? Não se pense que não é preciso, que basta que seja como no ano passado, ou, pior ainda, que o assunto não é importante. A celebração da Páscoa é o núcleo da verdadeira Pastoral, porque o é da vida cristã.