A DEVOÇÃO DO POVO
DE DEUS À VIRGEM MARIA
A devoção do Povo de Deus a Maria está inspirada no seu próprio mistério de “rosto materno de Deus” como Filha bem amada de Deus Pai, Mãe do Redentor, comunhão com Cristo (maternal, humana, teologal, realizada pela acção do Espírito Santo); e no seu ministério maternal para com os homens, segundo o plano de Deus.
Para sermos cristãos, precisamos de ser também “marianos”, porque Cristo foi-nos dado pelos braços de Maria, pelo seu ministério maternal que nos conduz a Ele pelo caminho do EXEMPLO e da INTERCESSÃO. Porque Maria é a “figura” mais perfeita de semelhança com Cristo e colabora na educação da vida divina dos redimidos e da atitude espiritual dos adoradores do Pai “em espírito e verdade”.
Maria, como nossa Mãe, é um dom de Cristo. Possui uma relação maternal connosco: a relação única e irrepetível da mãe com o filho e do filho com a mãe. A verdadeira devoção está na resposta-entrega ao amor da Mãe de Cristo e nossa Mãe. Sem cair na “mariolatria”, as devoções da piedade popular devem estar informadas pelo sentido da verdadeira devoção e subordinadas à piedade litúrgica. As “devoções” nasceram da devoção a Maria no decorrer da História; condicionadas, porém, pelos acontecimentos, pela cultura e piedade. As formas de piedade que não estejam adaptadas às exigências e sensibilidade do homem actual, devem ser submetidas a um exame e revisão – disse Paulo VI.
Qualidades da devoção à Virgem Maria:
a)VENERAÇÃO – culto pelas maravilhas que Deus nela realizou
b)INVOCAÇÃO – pedindo o seu auxílio e protecção
c)AMOR – filial
d)IDENTIFICAÇÃO – espiritual
e)IMITAÇÃO – das suas atitudes: Ouvinte da Palavra, Obediente na Fé, Orante, Fiel e Disponível, Consagrada.
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Nota do Pastor
Os incêndios de Verão
O mês de Agosto tem sido fortemente atingido por fogos nas florestas da nossa Diocese de Viseu.
Querendo estar em unidade com as gentes de todo o País e de todas as dioceses, quero manifestar a minha especial unidade e proximidade de sentimentos e de compreensão pelo sofrimento que tem atingido, de forma especial, algumas zonas da nossa Diocese de Viseu. Quero lembrar, sobretudo, as zonas da Beira Alta (Arciprestados de Fornos de Algodres, Mangualde e Nelas) e de Lafões (Arciprestados de Oliveira de Frades e S. Pedro do Sul).
Tenho consciência que, em muitas situações, há acção e responsabilidade criminosas. A todos os responsáveis e culpados, peço que desistam destes actos de loucura, de vingança e de malvadez – são incompreensíveis estas atitudes. A todos os que têm sido vítimas, em qualquer lugar e de qualquer forma, peço que não desistam de acreditar que este sofrimento – indesejado e injusto – pode e deve ser uma mola e um desafio para a aproximação de pessoas, de famílias e de povos, num esforço comum por, juntos, vencermos o mal e combatermos os erros.
Peço a Deus que nos dê um tempo propício para se vencerem estes terríveis flagelos e que, apesar das evidentes e tremendas perdas, as Suas bênçãos sejam proporcionadoras de boas colheitas e de relativos e positivos êxitos, a bem de todos.
Como Bispo desta nossa Diocese, rezo por todos e estou em união de amizade com o sofrimento de todos. Lembro todos os Autarcas dos concelhos atingidos; lembro todos os Bombeiros de todas as Associações que foram convocados para este flagelo e foram heróis no seu combate; lembro todos os que perderam parte e muitos dos seus bens, haveres e produtos do seu muito esforçado trabalho; lembro, sobretudo, aqueles que, no combate ao fogo, deixaram a sua vida.
Para todos invoco as bênçãos do Senhor, nosso Deus e de Maria, a Senhora do Altar-Mor, Padroeira da nossa Catedral.
VISEU, 15 de Agosto de 2010
Ilídio, bispo de Viseu |
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AVISO
A partir de 14 de Setembro, a Celebração da Eucaristia na Igreja Paroquial, à terça-feira, irá ter o seguinte horário:
Hora de Verão – 21H00
Hora de Inverno – 20H30M
O Pároco
Cónego Jorge Alberto da Silva Seixas |
Férias: direito, dever ou intenção?
As férias, infelizmente, nem sempre são um direito de todos. No entanto, vemos crescer uma certa prosápia de fazer férias em lugares exóticos, sem olhar a custos e a exuberâncias provocatórias de tantos pobres, de desempregados, de vítimas de salários baixos e mesmo da exploração do trabalho alheio.
A máquina do (dito) turismo vai trucidando muitos incautos, na medida em que a promoção de certos clichés vai gerando ambição, mas nem sempre com qualidade de concretização. Há, com efeito, múltiplos excluídos da mesa faustosa de ricos sem escrúpulos que poderão voltar-se contra os da sociedade do ‘faz-de-conta’, seja por conta própria, seja nas maquinações das invejas e das promoções insidiosas.
Como poderão os pais educar os filhos se lhes prolongam a crise económica em que a família vive? Como poderão disfarçar por mais tempo, quando as dívidas se acumulam sobre as suas cabeças e os seus destinos? Até quando será adiada a verdade à luz das imensas dívidas sem pagamento?
Ora quando alguém tenta denunciar o irrealismo de certos projectos, logo se levantam esqueletos em decomposição para dizerem que é mau falar verdade aos meninos que já não conseguem distrair as mazelas da arrogância. Cada vez mais se torna irresponsável fugir das consequências dos actos mal calculados. Urge, por isso, ser(mos) verdadeiros… mesmo que isso custe votos, a popularidade ou até o poder.
Tempo de descontracção, as férias podem servir para muita coisa ou para nada. A expressão ‘estar de férias’ por certo faz lembrar boas recordações, na medida em que esses momentos de descontracção nos permitem usufruir de vivências que a azáfama do trabalho nos impediu. As ocupações de férias para muitas pessoas quase se reduzem ao ‘não fazer nada’, numa espécie de preguiça em continuidade. Mas será este o melhor projecto de férias? Claro que não.
Férias poderão ser (simplesmente) mudar de lugar ou tentar conhecer outros lugares diferentes. Férias poderão ainda ser o dar mais espaço às coisas de Deus e ao contacto com a natureza. Férias poderão como que incluir viver sem relógio, embora ao ritmo do descanso… em Deus e para os outros.
Para quem puder: boas férias em casa, na praia, nas termas a tratar da saúde, passeando ou pelo campo.
Até à próxima. Também vou descansar.
2010-08-13
Pe. Jorge Seixas |
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