Crisma Arciprestal em Mangualde
No dia 24 de maio, na Igreja Paroquial de Mangualde, pelas 18h00, foram crismadas 126 pessoas do Arciprestado de Mangualde. A maior parte dos crismados eram jovens que frequentaram o 10º ano da Catequese.
D. Ilídio foi recebido no átrio do Complexo pelo Rev. Cónego Jorge Seixas, Pároco de Mangualde e Vigário Episcopal da Beira Alta, juntamente com outros sacerdotes do arciprestado de Mangualde que marcaram a sua presença nesta celebração, Rev. Pe. Nuno Azevedo, Arcipreste de Mangualde, Pe. João Leão, Pe. Lino, Pe. Manuel Chaves, Diácono Sr. Manuel Vaz e o Seminarista Carlos Rodrigues .
Os jovens deram as boas vindas a D. Ilídio e este fez o habitual cumprimento passando pelo meio dos crismandos e respetivos padrinhos.
No interior da Igreja, muitos eram os fiéis que aguardavam o início da Eucaristia.
A celebração foi presidida por D. Ilídio Leandro e as suas primeiras palavras foram de saudação a todos os presentes, mas em especial para os 126 crismandos vindos das diversas paróquias do Arciprestado. “ … Hoje, vão receber a plenitude do Espirito Santo, isto é uma riqueza porque com o Espírito Santo vem a alegria.
O Arciprestado de Mangualde fica mais rico com estes 126 crismandos que vão receber os dons do Espirito Santo. Crismai-vos num dia muito especial, na plenitude da Páscoa - o 6º Domingo da Páscoa. A Ressurreição de Cristo foi um acontecimento revolucionário, porque Jesus Cristo Ressuscitado é Aquele que dá sentido à nossa vida. Quando vimos à missa, é Jesus que vimos escutar, Ele está connosco dia a dia e é Nele que temos de confiar e acreditar.
Ser cristão é adotar uma maneira de vida. Há duas coisas que devemos ter em atenção:
1- Amar Jesus e viver em comunhão com Ele.
2- Sermos seus discípulos e amigos fazendo a sua vontade .
Ele nunca nos pede nada que não seja para o nosso bem. Somos batizados e confirmados para sermos membros do Povo de Deus.
Nenhum cristão pode estar satisfeito com o mundo que temos, Deus ama-o e quer salvá-lo com a nossa colaboração.
Parabéns, e que este dia fique a marcar completamente a vossa vida."
Chegado o momento da administração do sacramento do crisma, D. Ilídio legou ao Rev. Cónego Jorge Seixas, Vigário Episcopal, também esta missão.
E em duas filas os crismandos dirigiram-se ao altar acompanhados dos padrinhos para receberem o Espírito Santo através da imposição das mãos de D. Ilídio e do Rev. Cónego Seixas e a unção com o santos óleos do crisma, sendo desta forma enviados ao mundo para testemunhar o Evangelho de Jesus Cristo em atos e palavras.
A expressão era de contentamento em todos os jovens e seus familiares.
Os cânticos estiveram a cargo dos Grupos Corais da Paróquia de Mangualde.
No final, o Rev. Cónego Seixas agradeceu a todos, Grupos Corais, catequistas, pais e jovens por este belíssimo trabalho. De seguida D. Ilídio reforçou estas palavras e os fiéis agradeceram com uma grande salva de palmas. |
Nota Pastoral da CEP sobre
«Votar por uma Europa melhor»
Exercer o direito e o dever de votar
No próximo dia 25 de maio, somos chamados a cumprir o direito e o dever de votar nos candidatos que se apresentam para fazer parte do Parlamento Europeu, representando o povo português nesta grande comunidade de povos e nações.
O regime democrático, em que felizmente vivemos, exige participação, que tem um momento alto quando há eleições. Neste ato eleitoral, com a responsabilidade pastoral que nos cabe como bispos católicos, exortamos à participação dos cristãos e de todos os que estão abertos a ouvir a nossa voz. O absentismo é uma arma perigosa que facilmente acaba por penalizar quem a usa.
É um sentimento comum experimentar a distância entre o nosso voto e as suas consequências práticas. Além disso, a Europa pode parecer uma entidade estranha, que está para além das nossas fronteiras e não nos diz diretamente respeito. Por vezes, a onda de descrédito que atinge alguns sectores políticos é tendenciosamente generalizada. Estas eleições, que marcarão o futuro da União Europeia nos próximos anos, devem ser encaradas como um momento privilegiado para colaborar na construção de uma Europa melhor.
A Europa, horizonte da nossa esperança
A Europa é muito mais do que um espaço geográfico. É uma comunidade de ideais e valores, para a qual muito tem contribuído a fé cristã ao longo dos séculos. O ressurgir do ideal europeu, no rescaldo de duas guerras mundiais que tiveram origem no nosso Continente, em boa parte foi obra de líderes políticos cristãos. Tem se dado a evolução de um mercado comum ou de uma comunidade económica para o ideal de uma união europeia, que atualmente congrega 28 Estados. Estes encontram na Europa a sua casa comum, comprometidos na construção de um projeto de civilização, orientado por critérios de paz e justiça social, de liberdade religiosa, de diálogo cultural e solidariedade, a nível interno e com a comunidade de todos os outros povos e nações.
A Europa é um projeto sempre em construção, e as próximas eleições são uma ocasião que não podemos desperdiçar para a sua edificação. A Igreja acompanha com respeito e atenção as atividades das instituições europeias que honrem a Europa como a sua casa moral e espiritual, promovendo os valores que são a matriz da sua identidade.
Votar por uma Europa melhor
Em diversas ocasiões que precedem atos eleitorais, temos apresentado critérios para votar com consciência esclarecida. Votar não é um ato burocrático; é afirmar valores e exigir responsabilidades a quem deve servir os povos de uma Europa justa e solidária.
Numa visão realista do nosso Continente, dinamiza nos a esperança de uma Europa melhor, em que seja salvaguardada a vida humana desde conceção até morte natural, em que o desemprego não pareça um mal inevitável mas um desafio a responder sem adiamentos, em que as fronteiras não se fechem à solidariedade com os povos maltratados política e economicamente, em que o diálogo inter-religioso e intercultural seja o caminho de sentido único para uma paz justa e duradoura, em que o capital não se arvore em governo autocrático mas sirva a pessoa humana e o bem comum.
Para cumprir este ideal precisamos de políticos responsáveis e competentes, que nos cabe eleger. Fazemos nossas estas palavras do Papa Francisco: «Peço a Deus que cresça o número de políticos capazes de entrar num autêntico diálogo que vise efetivamente sanar as raízes profundas e não a aparência dos males do nosso mundo. A política, tão denegrida, é uma sublime vocação, é uma das formas mais preciosas da caridade, porque busca o bem comum». Como ele, rezamos também nós ao Senhor «para que nos conceda mais políticos que tenham verdadeiramente a peito a sociedade, o povo, a vida dos pobres. É indispensável que os governantes e o poder financeiro levantem o olhar e alarguem as suas perspetivas, procurando que haja trabalho digno, instrução e cuidados de saúde para todos os cidadãos» (Evangelii gaudium, 205).
Em breve começará a campanha eleitoral. Urge ser esclarecida a opinião pública a respeito dos programas partidários e das pessoas que se candidatam. A nossa democracia deve exigir de todos propostas realistas, geradoras de soluções concretizáveis, evitando falsas ilusões.
No ato de votar, o eleitor cristão tem o dever de não trair a sua consciência, iluminada pelos critérios e valores do evangelho de Jesus. Importa, também agora, exercer a virtude da cidadania participativa, assumida como uma obrigação moral. Uma Europa melhor, que justamente desejamos, também depende de cada um de nós.
Fátima, 1 de maio de 2014
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Restauro e conservação dos retábulos
da Igreja da Senhora da Conceição
Estão a decorrer, desde março, as obras de restauro e conservação dos 3 retábulos da Igreja da Senhora da Conceição – Mangualde.
Neste momento os retábulos laterias estão quase prontos.
Rita Ramos e Adelaide Borges, técnicas em conservação e restauro de igrejas, referiram-nos que a intervenção dos altares laterais foi a nível superficial. “Existia uma grande acumulação de poeiras, fuligem e manchas de gorduras. Depois da devida limpeza seguiu-se a reintegração da camada cromática das zonas monocromáticas. Houve intervenção também na parte das mesas dos altares, onde foi aplicado um desinfestante para proteger as madeiras do ataque dos insetos xilófagos. Na parte dos camarins foi feita a remoção da madeira de pinho que foi substituída por castanho. Nas colunas houve remoção de verniz que estava muito oxidado.
A nível do retábulo da Capela Mor vai haver uma grande intervenção do suporte, consolidar madeiras enfraquecidas com resina ou com madeira da mesma natureza. Muita talha terá de ser restaurada.
Os altares vão manter o último padrão. É um trabalho muito minucioso que requer muita precisão, pois estamos a falar de talha que tem volumetrias.
Foi feito um levantamento dos altares laterais e dos repintes a nível das imagens dos anjos, o que vai enriquecer o sacrário. Este levantamento localizado é uma mais valia.
Os trabalhos estão a ser realizados pela empresa Arte e Talha de Santa Comba Dão.
O custo da obra é de aproximadamente de 30 mil euros e estão a cargo da Paróquia de Mangualde cofinanciados pelo Proder.
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Jovens do 5º e 7º ano da Catequese
festejaram a Festa da Aliança
e das Bem-Aventuranças
No dia 18 de maio, V Domingo da Páscoa, na Missa das 11h00, os jovens da Catequese da Paróquia de Mangualde do 5º ano celebraram a Festa da Aliança e os do 7º ano a das Bem-Aventuranças.
Foi um dia especial para os 119 jovens, 61 do 5º ano e 58 do 7º, que acompanhados dos seus familiares e demais fiéis encheram a Igreja Paroquial.
Os jovens ocuparam a parte central da Igreja, participaram ativamente em alguns momentos da celebração Eucarística e ouviram com atenção as palavras que o Rev. Cónego Jorge Seixas lhe transmitiu, confiança e ânimo. Jesus afirma: “Não se perturbe o vosso coração”. “Continua a convidar-nos a não deixar de confiar Nele e em Deus.”
No final o Rev. Cónego Seixas pediu uma grande salva de palmas para estes jovens e seus catequistas.
No próximo domingo, dia 25 de maio, será a Festa da Vida do 8º ano e a Festa do Compromisso do 9º ano. No sábado, dia 24 de maio o Crisma.
HOMILIA DO 5º DOMINGO DA PÁSCOA
A vida de cada dia decorre imparável, com as suas alegrias e tristezas, com os seus êxitos e fracassos, mas a liturgia destes domingos pascais convidam-nos a viver a alegria que brota de Jesus ressuscitado, o Bom Pastor, como reflectíamos no domingo passado. Hoje, acrescentamos mais um ponto à nossa reflexão pascal: Jesus é também o Caminho, a Verdade e a Vida.
O evangelho deste domingo e do próximo situa-nos no momento da despedida de Jesus com os discípulos, pouco antes da sua paixão e morte; uma despedida dramática e tensa. Os discípulos estão desorientados com o que irá acontecer, vivem já a ausência de Jesus com muito receio. Jesus sabe da sua angústia; por isso, lhes comunica palavras de ânimo: “Não se perturbe o vosso coração. Se acreditais em Deus, acreditai também em Mim”. Promete-lhes que vai à frente para lhes preparar um lugar, para que vivam com Ele para sempre. É nesta confiança que temos de viver e de respirar em todos os momentos da nossa vida. Sem esta confiança, não é fácil viver. A confiança abre-nos novas perspectivas na relação com os outros e, sobretudo, na relação com Deus.
Como os discípulos, também hoje vivemos com tantos receios e, talvez, desorientados com tantos problemas: problemas pessoais, familiares, económicos, no trabalho… e na nossa sociedade também existem pessoas “indignadas” e preocupadas, porque não há vontade da parte de alguns de mudar a conjuntura actual. Também na Igreja andamos um pouco perdidos, com as diversas maneiras de pensar, de enfrentar alguns casos e situações de vida, com algum receio para enfrentar o futuro… tantos na Igreja ainda vivem esmagados com as “tradições” e com vontade de voltar ao “antigamente” e viver na nostalgia (saudade) do passado. Como irá ser o futuro do Cristianismo? Há poucos padres, menos gente vem à missa, não se reza, não se sente necessidade de formação cristã! Também aqui parar é morrer! Também hoje Jesus afirma: “Não se perturbe o vosso coração”. Continua a convidar-nos a não deixar de confiar Nele e em Deus. Todos os cristãos são chamados a participar na vida da Igreja. São diversas as vocações, as funções, mas cada um, à sua maneira, tem de saber servir. Isto mesmo sentiram os Apóstolos na comunidade de Jerusalém. Por isso escolheram diáconos que serviram às mesas e acolhiam os pobres, enquanto eles serviam a Palavra e anunciavam o Evangelho da Ressurreição.
Novamente, o Apóstolo Tomé se destaca no texto evangélico deste tempo pascal. É um homem que gosta de ver e tocar a realidade (como acontece connosco). Por isso interroga Jesus: “Senhor, não sabemos para onde vais: como podemos conhecer o caminho?”. A resposta de Jesus é muita clara: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por Mim”. Jesus é o caminho que nos conduz à verdade de Deus Pai que, pelo Espírito Santo, é a fonte da vida. Jesus apresenta-se e oferece-se como o caminho que podemos percorrer para entrar no mistério de Deus Pai. É Ele que pode conceder a plenitude da vida que tanto desejamos.
Coloquemos os nossos olhos em Jesus, origem e plenitude da nossa fé (cfr. Heb 12,2). Jesus é o caminho, porque entusiasma-nos e guia-nos pelo caminho da fé que nos conduz à plenitude, em Deus. Nunca desviemos o nosso olhar de Jesus, porque Ele é o caminho, a verdade e a vida. E esta afirmação pode ser completada com o que nos diz a segunda leitura: o Senhor “é a pedra viva…escolhida e preciosa aos olhos de Deus”.
A Eucaristia torna presente Cristo Ressuscitado. Nela confirma-se aquilo que Jesus disse a Filipe: “Quem me vê, vê o Pai”. Em cada domingo, na mesa da Eucaristia, de Jesus, Caminho, Verdade e Vida; de Jesus, Pedra viva, fazemos memória e recebemos vida e vida em abundância. Nós somos a “geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido por Deus, para anunciar os louvores” Daquele que nos chamou das trevas para a sua luz admirável. |
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