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Paróquia de Mangualde
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HOMILIA DO 2º DOMINGO DA PÁSCOA (ANO C)

Depois da morte de Jesus, muitas foram as dificuldades passadas pelos seus discípulos! Não só tiveram que aceitar que já não teriam mais a sua presença direta, familiar e próxima, mas também que tinham de se conformar em iniciar uma nova etapa da vida. Uma etapa em que tinham de percorrer o caminho sozinhos, sem a sua companhia e a sua correção fraterna. Por isso tinham medo, estavam fechados em casa. Sentem-se inseguros, têm medo dos outros, têm medo da própria responsabilidade, têm medo do futuro.

Quantos medos tinham os discípulos de Jesus! Hoje, tantos medos nós temos! Podemos até afirmar que ainda temos mais medos do que eles. Temos medo de muitas coisas que ameaçam o nosso bem-estar e a nossa tranquilidade. Temos medo do terrorismo, da corrupção e das injustiças. Temos medo de ficar doentes, inseguros, de perder o emprego, das desgraças, das traições, das desconfianças, das difamações. Temos medo do fracasso dos nossos sonhos e projetos, medo do futuro da Igreja, medo do futuro desta sociedade e deste mundo.

Perante todos os medos, o que sentiam os discípulos de Jesus? E o que sentimos nós? Diante de todos estes nossos medos, ressoa a promessa clara e firme do Senhor: “A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós”. Nestas palavras de Jesus, há duas mensagens: 1) tende paz no coração, a paz que vem do Pai; 2) como o Pai Me enviou também Eu vos envio. Na verdade, para quem segue Jesus, não é possível ser evangelizador, não é possível dar testemunho da verdade, senão sentir e viver interiormente a paz que Ele nos oferece.

E como é possível viver esta paz que nos dá coragem para sair e proclamar que Jesus está vivo? “Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo”. É o Espírito de Jesus que faz brotar do nosso interior aquela força necessária para vencer todos os medos. Não podemos fechar-nos em casa e esperar que as coisas melhorem. Para além de todos os medos já referenciados, há uma outra forma de medo que se chama indiferença que reina tanto nesta sociedade e à nossa volta. No texto do evangelho deste domingo, Tomé é a figura da tentação da indiferença, porque não acredita no testemunho dos outros discípulos que lhe dizem: “Vimos o Senhor”. Mas ele respondeu-lhes: “Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado, não acreditarei”. Pelas suas palavras, Tomé revela que, no seu interior, reina a indiferença, a desconfiança, a apatia, a resignação e a frustração.

Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa e Tomé com eles. Jesus manifesta-se, saúda-os (“A paz esteja convosco”) e fala diretamente a Tomé: “Não sejas incrédulo, mas crente”. E Tomé respondeu-lhe: “Meu Senhor e meu Deus”. Reconhece a sua fraqueza e aceita o perdão de Jesus. É esta a frase que cura as nossas dúvidas, os nossos medos e deceções, as nossas fraquezas. Esta é a nossa profissão de fé que celebramos, alimentamos e vivemos em cada domingo na celebração da Eucaristia. Não podemos esquecer que foi no domingo (primeiro dia da semana) que os discípulos reconheceram o Ressuscitado, foi no domingo seguinte que estavam reunidos e Tomé presente que novamente experimentaram a presença de Jesus Ressuscitado, ou seja, é no domingo, Dia do Senhor, que os cristãos se reúnem (fazem-no há mais de dois mil anos) e fazem a mesma experiencia de Jesus vivo que os alimenta na Eucaristia. Com São Tomé aprendamos também a reconhecer, no coração trespassado de Cristo, o amor misericordioso d’Aquele que tanto amou a humanidade.

Cónego Jorge Seixas 

 
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HOMILIA DO DOMINGO DE PÁSCOA

Cristo ressuscitou! Tudo é novo. Nestes últimos dias entrámos num caminho que nos leva a experimentar que a vida vale a pena. Mais ainda, que o desejo que sentimos de renovação já está a acontecer. No domingo de Páscoa deste ano, como naquele primeiro dia da semana, podemos sentir a alegria, a emoção, a paz, a serenidade, a vontade de viver, de nos cumprimentarmos e de nos abraçarmos, porque acreditamos que podemos voltar a começar uma nova vida e uma nova história para cada um de nós e para o mundo inteiro.

É verdade que não vamos a correr para as nossas igrejas para comprovar que o sepulcro está vazio. Não escutaremos a voz de nenhum anjo que nos diga que, realmente, Cristo ressuscitou. Mas hoje podemos sentir e comprovar que não estamos sozinhos e que tudo o que nos rodeia e vivemos convida-nos à alegria da Páscoa. Cristo vem ao nosso encontro porque não está no sepulcro vazio, mas nas pessoas e na nossa vida. Apesar disto, necessitaremos, como os discípulos (Maria Madalena, Pedro e João) que os outros nos confirmem aquilo que sentimos com uma profunda convicção. Esses outros são os amigos e a comunidade, mas também são os rostos de todos os que Jesus ama e que, muitas vezes, ficaram abandonados pelos caminhos.

Na Vigília Pascal, acendemos as velas com a luz do círio pascal, a Luz de Cristo. Esta luz não cega, não distorce a realidade, não engana, mas tudo transforma. Transforma tudo porque ilumina o coração, através da compaixão e da misericórdia. A vida e os problemas não estão fora de nós, não são o inimigo a abater. São a realidade que devemos amar. Só amando podemos construir e esperar um mundo novo.

A Páscoa é a festa da esperança, a celebração da vitória da vida, do amor, da verdade, da justiça, sobre a morte, o ódio, a mentira e todas as injustiças. O crucificado que se tinha aproximado dos doentes, dos marginalizados, dos oprimidos quando vivia na Galileia, onde tudo começou, que se tinha identificado com eles e, por isso, sofreu e morreu como eles, “ressuscitou”, venceu o poder da morte. Este é o fundamento da nossa fé. Já não podemos ficar dececionados, resignados e indiferentes. Ele anima-nos a sermos trabalhadores incansáveis do seu Reino. Abramos caminhos à esperança que renasce dentro de nós. Santa e Feliz Páscoa!

Cónego Jorge Seixas

 
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HOMILIA DE SEXTA-FEIRA SANTA

“Eis o madeiro da Cruz, no qual esteve suspenso o Salvador do mundo”. Ouvimos este convite quando na celebração deste dia é apresentada a Cruz para ser venerada. Toda a leitura da Paixão, hoje proclamada, faz-nos este convite. Levantemos a nossa cabeça para olhar Jesus Cristo cravado na cruz, imagem de dor, vítima de crueldade. Contemplemos como inclina a cabeça e expira, como permanece cravado e inanimado na cruz. Veneremos a cruz de Jesus.

Jesus morre para que tenhamos vida e vida em plenitude. Entrega a sua vida até ao extremo, até ao fim, sem reservas, até ao último suspiro, até à última gota de sangue. Um amor imenso por todos nós, uma fidelidade inquebrantável. Morreu da mesma forma como viveu: amando tudo e todos. Morreu também por mim! Para que eu tenha vida em plenitude! Será que vivo esta vida de Cristo em mim? Acolho plenamente esta vida?

A cruz é a máxima expressão da misericórdia do nosso Deus. Uma misericórdia que se manifesta entregando à mãe de Jesus todos os homens e as mulheres; a partir deste momento, ela é nossa mãe. Uma misericórdia que se manifesta dando a sua vida por todos através do coração trespassado de Jesus.

Na cruz, Cristo morreu por nós; Cristo morreu connosco; Cristo morreu como nós. Com a sua morte Deus partilha a dor de todos os que sofrem. É a resposta ao problema do mal e do sofrimento no mundo. Não é uma resposta estritamente racional, mas uma resposta amorosa e cordial. Se entranharmos em nós esta certeza, saberemos estar perto dos que sofrem em qualquer parte do mundo. Também não queremos dar-lhes “soluções racionais”, que nunca são soluções. Queremos estar perto e dar o nosso afeto e a nossa esperança.

Hoje, como em toda nossa vida, contemplemos a cruz de Cristo. Ela é a máxima expressão do amor de Deus para comigo e para com toda a humanidade.

Cónego Jorge Seixas

 

 
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HOMILIA DA VIGÍLIA PASCAL

Cristo ressuscitou! Cristo passou da morte à Vida! Com Cristo, cada um pode unir-se a esta passagem da morte à vida, mas isto supõe passar do pecado ao perdão, passar da vingança à misericórdia, passar do medo à coragem, passar da cobardia à valentia, passar das trevas à luz, passar do orgulho à humildade, passar do gelo ao carinho aconchegador, passar do egoísmo à solidariedade, passar da tristeza à alegria, passar do silêncio ao anúncio, passar da indiferença à fraternidade, passar da divisão à comunhão.

A Páscoa de Jesus Cristo faz surgir uma comunhão plena entre os homens e as mulheres da nossa sociedade, a comunhão de irmãos e de filhos de um mesmo Pai. E esta comunhão aumenta e cresce através da comunhão na Eucaristia, que é a comunhão com Cristo morto e ressuscitado

Agora, com a ressurreição de Jesus Cristo, o grande amor de Deus manifestado na cruz alcança o seu sentido na plenitude. A última palavra já não pertence à morte, mas à Vida de Deus. Este é o sentido da dor e do sofrimento partilhado por Deus até às suas últimas consequências: a reconversão total numa vida nova, na qual já não haverá nenhum mal, nem semente de morte e de sofrimento.

Por isso, a nossa missão pascal é transmitir alegria. Não tenhamos “caras de vinagre”, mas da alegria da ressurreição, uma alegria que nada nem ninguém nos pode tirar, uma alegria que todos os homens e mulheres necessitamos, mais do que pensamos. A melhor prenda da Páscoa deste ano é oferecer esta alegria.

Cónego Jorge Seixas

 
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HOMILIA DE QUINTA-FEIRA SANTA

No domingo passado, Domingo de Ramos, ao iniciar a Semana Santa, escutávamos como São Paulo falava de Jesus: “era de condição divina, não Se valeu da sua igualdade com Deus, mas aniquilou-Se a Si próprio. Assumindo a condição de servo, tornou-Se semelhante aos homens”. Hoje, contemplamos a concretização até ao extremo desta expressão. Jesus, como servo, inclina-se diante dos seus discípulos para lhes lavar os pés, como se fosse a coisa mais digna e mais importante da sua vida naquele momento. Afirma claramente que lava os pés como mestre, para que aprendem e façam o mesmo. “Assim como Eu fiz, vós façais também”.

Hoje, somos convidados a lavar os pés dos outros e a deixar lavar os nossos pés. Deixamos que Jesus lave os nossos pés? Deixamos que os nossos irmãos lavem os nossos pés? Somos capazes de ver os pés que são necessários lavar à nossa volta? Lavamos os pés que nos pedem para ser lavados?

Entre os serviços que se têm de oferecer ao mundo está o da Eucaristia que celebra toda a Igreja, com os ministros ordenados como guias e pastores. É muito importante viver a Eucaristia de uma maneira cada vez mais consciente e mais intensa, como um serviço para cada um de nós e também como um grande serviço à humanidade que necessita deste alimento de vida. É importante que valorizemos o ministério dos presbíteros que torna possível a Eucaristia; que rezemos por eles; que rezemos para que haja o número suficiente de sacerdotes para todas as necessidades da Igreja; que ajudemos a despertar estas vocações nos jovens que nos rodeiam; que não tenhamos medo de propor esta vocação como ideal de vida.

O fruto da Eucaristia é o serviço. Assim, partilharemos generosa e misericordiosamente tudo o que temos e recebemos para que não fique ninguém sem servir, para que não fique nenhuma pessoa humana sem atender, para que cada um possa experimentar pessoalmente a misericórdia de Deus.

Celebramos a Eucaristia para vivermos eucaristicamente: vendo os pés que é necessário lavar e lavá-los como Cristo lavou os nossos pés. 

Cónego Jorge Seixas 

 
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