HOMILIA
DO DOMINGO DA SANTÍSSIMA TRINDADE
Este dia é uma boa ocasião para reflectir sobre a identidade do Deus da nossa fé, em quem acreditamos. Deus é Uno e, ao mesmo tempo, é constituído por três pessoas reais e substancialmente diferentes. Deus amou-nos tanto que nos enviou o seu Filho para que, pela força do Espírito Santo, acreditemos Nele, não pereçamos, mas tenhamos a vida eterna. É evidente que este mistério da identidade de Deus é expresso com ideias e realidades humanas, porque a divindade e a transcendência de Deus permite-nos aproximar Dele através dos nossos conceitos de pessoa e de substância. Deus está acima do nosso conhecimento humano. Por isso, procuramos descrever a Trindade de Deus depois de ter em conta a sua comunicação com a humanidade, tal como a encontramos formulada no Novo Testamento. Deus Pai ama-nos tanto que nos envia o seu Filho, palavra do Pai, indicando-nos o caminho da salvação. Envia-nos o Espírito Santo que é a força e a presença que nos comunica o significado da revelação. Assim, o mistério da Trindade não se pode considerar somente como um simples mistério especulativo e teológico, mas como a descrição da maneira de actuar de um Deus que nos concede vida e amor.
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HOMILIA DE DOMINGO DE PENTECOSTES
Com a solenidade do Pentecostes, encerramos o Tempo Pascal. É a plenitude do mistério pascal, como nos recorda o prefácio da missa deste domingo: “Hoje manifestastes a plenitude do mistério pascal e sobre os filhos de adopção… derramastes o Espírito Santo”. Neste dia, não só recordamos a vinda do Espírito Santo sobre a comunidade apostólica, mas também a presença do Espírito Santo na Igreja de Jesus, na Igreja de hoje, em cada um de nós e em todos os homens e mulheres de boa vontade.
Se lermos com calma e atenção todos os textos evangélicos, daremos conta que o Espírito Santo está sempre presente em toda a vida de Jesus. É o Espírito que enche de vida o ventre virginal de Maria: “O Espírito virá sobre ti”. É o Espírito que, nas águas do Jordão, desce sobre Jesus como uma pomba. É o Espírito que conduz Jesus para o deserto e, cheio do poder do Espírito, regressa à Galileia e anuncia com autoridade a boa nova do Reino de Deus. O Espírito que acompanhou Jesus ao longo da sua vida, na sua morte, é entregue à humanidade. Do lado aberto de Jesus, dizem os Padres da Igreja, nasce a Igreja que, desde o início, está cheia do Espírito, como nos diz o texto da primeira leitura: “Todos ficaram cheios do Espírito Santo”.
A paz, a alegria e o Espírito Santo são dons de Jesus Ressuscitado à comunidade apostólica. Por duas vezes, “na tarde daquele dia, o primeiro da semana”, Jesus saúda os discípulos, dizendo: “A paz esteja convosco”. Os discípulos estavam cheios de medo, tinham as portas de casa trancadas. Precisavam urgentemente de paz. Somente Jesus lhes poderia dar a paz que tanto necessitavam. Ao verem Jesus, com as chagas nas mãos e nos pés e o lado aberto, ficaram cheios de alegria. E como se isto não bastasse, Jesus “soprou sobre eles e disse-lhes: “Recebei o Espírito Santo”.
Os discípulos recebem o Espírito Santo em ordem à missão, para serem enviados. Jesus é o enviado do Pai. Os discípulos serão os enviados de Jesus: “Assim como o Pai me enviou também Eu vos envio a vós”. É o Espírito de Jesus que nos estimula à missão, acompanha-nos na missão de levar o Evangelho a todo o lado. Sem o Espírito de Jesus, nada conseguiremos. Por isso, em cada Pentecostes, pedimos não nos falte esta força, o Espírito de Jesus. Vem, Espírito Santo, livra-nos do medo e ensina-nos a anunciar com ardor e entusiasmo a Boa Nova de Jesus.
O Espírito Santo, a força divina, convida-nos à reconciliação: “àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados”. O Espírito de Jesus é o Espírito do perdão. No Calvário, pregado na cruz, Jesus oferece o perdão: “Pai, perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem”. O Espírito de Jesus convida-nos ao perdão, à reconciliação, a um abraço da paz. Todos os anos, a solenidade do Pentecostes é um convite à reconciliação nas nossas famílias, nas nossas cidades e aldeias, nas nossas comunidades paroquiais, nos movimentos da Igreja, no nosso mundo que precisa urgentemente de encontrar o caminho da paz, o grande dom de Jesus Ressuscitado.
O Espírito Santo, com os seus sete dons, é fonte de uma vida nova e em renovação permanente. O Espírito Santo é a garantia do perdão, libertos do pecado e das ilusões do mundo. O Espírito Santo é também o fundamento da unidade na diversidade de dons, de funções e ministérios. Com o Espírito Santo, é possível acreditar, esperar e amar. |
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Crianças do 4º ano festejaram
“Festa da Palavra”
No dia 8 de junho, Domingo de Pentecostes, celebrou-se na paróquia de Mangualde, na Missa das 11h00, a Festa da “Palavra” das 79 crianças do 4º ano.
À semelhança do que já tem acontecido com outros jovens que comemoraram as suas Festas, também estes uns minutos antes da eucaristia, ocuparam a parte central da Igreja.
O Rev. Cónego Jorge Seixas na homília, explicou o significado deste dia – Domingo de Pentecostes. Com a solenidade do Pentecostes, encerramos o Tempo Pascal. É a plenitude do mistério pascal, (…). Neste dia, não só recordamos a vinda do Espírito Santo sobre a comunidade apostólica, mas também a presença do Espírito Santo na Igreja de Jesus, na Igreja de hoje, em cada um de nós e em todos os homens e mulheres de boa vontade.
Salientou também a importância da Bíblia, que iam receber: “ …Se lermos com calma e atenção todos os textos evangélicos, daremos conta que o Espírito Santo está sempre presente em toda a vida de Jesus. … A paz, a alegria e o Espírito Santo são dons de Jesus Ressuscitado.
O Espírito de Jesus convida-nos ao perdão, à reconciliação, a um abraço da paz. Todos os anos, a solenidade do Pentecostes é um convite à reconciliação nas nossas famílias, nas nossas cidades e aldeias, nas nossas comunidades paroquiais, nos movimentos da Igreja, no nosso mundo que precisa urgentemente de encontrar o caminho da paz, o grande dom de Jesus Ressuscitado.
Com o Espírito Santo, é possível acreditar, esperar e amar. No momento oportuno estas crianças receberam a Bíblia das mãos de um dos seus familiares.
A alegria era notória no rosto destas crianças e dos seus familiares.
As crianças participaram ativamente em alguns momentos da celebração eucarística: leituras, homília, cânticos, entrega de oferendas e no final entregaram aos fiéis “línguas de fogo”, com a citação de alguns versículos da Bíblia. |
HOMILIA DA ASCENSÃO DO SENHOR
Depois da ressurreição, Jesus sobe ao Céu. Era necessário que regressasse donde veio. Era necessário fechar o ciclo que tinha começado no dia do seu nascimento. Deus assumiu a condição humana e, com a sua encarnação, tinha tornado sagrada a realidade humana. Era necessário que regressasse ao céu, porque já tinha realizado a obra da salvação. Só faltava que a humanidade se deixasse conduzir pelo Espírito Santo, o Espírito de Jesus. Assim, quando viesse este Espírito iniciar-se-ia este ciclo salvador na Igreja nascente e em cada cristão. Porque também somos convidados a ser “elevados” ao céu, permanecendo sempre com Jesus, porque Nele “vivemos, nos movemos e existimos”. A ascensão é a expressão da vontade de Jesus: vencendo a morte, mostra-nos um novo estilo de vida: viver perto de Deus Pai.
Quando as mulheres foram ao sepulcro para ungir o corpo de Jesus, o anjo disse-lhes que Ele não estava ali, tinha ressuscitado e que caminhava diante deles para a Galileia. Porquê a Galileia? Porque os discípulos tinham feito um longo caminho com Ele a partir Galileia. Momentos inesquecíveis! Como esquecer as pregações, os milagres, as conversas a sós com Jesus, tantas emoções e também tantas incompreensões? Um caminho de vida fantástico que foi interrompido dramaticamente com aquela morte na cruz. Agora, a nova experiência com o Ressuscitado parecia deitar por terra qualquer dúvida e desilusão. Mas tal não aconteceu.
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