S. Julião
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HOMILIA DO 21º DOMINGO COMUM (ANO C)

“Jesus dirigia-Se para Jerusalém e ensinava nas cidades e aldeias por onde passava. Alguém Lhe perguntou: Senhor, são poucos os que se salvam?”. Esta era uma das preocupações das pessoas que seguiam Jesus, porque queriam ser do grupo destes poucos que se salvavam e também porque, à sua volta, havia muita gente que não seguia o caminho que eles percorriam. Esta é também uma preocupação dos nossos dias, porque muitas pessoas não se importam com a proposta do Evangelho. Tantas vezes damos conta que estamos em minoria, o que gera em nós alguma inquietação e a tentação de começar a duvidar da nossa decisão. Poderemos começar a pensar: não será que o evangelho contém princípios demasiados difíceis para a mentalidade da nossa sociedade?

O texto evangélico deste domingo diz-nos que esta questão surgiu quando Jesus se dirigia para Jerusalém. Jesus não ensina numa aula de uma escola ou de uma universidade. Tudo aquilo que ensina converte-se em vivência. Por isso, não deve causar admiração a frase de Jesus: “Esforçai-vos por entrar pela porta estreita”. É evidente que Jesus não pretende atrair a Si pessoas sem qualquer motivo, tendo como objetivo somente a quantidade, o número dos seus seguidores. Jesus deseja que todos os que O seguem façam sua a proposta que lhes sugere. E quer que sintam desde o primeiro momento esta proposta, ou seja, que a decisão surja do sentimento da adesão progressiva de cada um a Ele.

Jesus revela-nos o rosto misericordioso de Deus. Isto não quer dizer que Deus faça “saldos ou promoções”, que feche os olhos e simplesmente diga “todos são bons” e nada mais importa. A misericórdia de Deus pretende que nos unamos a Ele, através do Seu amor, que nunca nos deixa, mas que nos transforma e faz-nos encontrar o gosto da vida. Na segunda leitura, o texto da Carta aos Hebreus é muito claro: “Deus trata-vos como filhos. Qual é o filho a quem o pai não corrige?”.

No evangelho, Jesus diz: “Hão-de vir do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul, e sentar-se-ão à mesa do reino de Deus”. Parece que, de um momento para o outro, se abre a porta e que fica espaçosa para aqueles que nada fizeram para merecer o Reino. É verdade que não controlamos os caminhos do Reino. Nós somos especialistas em colocar etiquetas nas pessoas que nos rodeiam: “este merece”, “este não merece, porque não vale nada”, “estes são dos nossos; por isso, são bons”; “estes não são dos nossos; por isso, são maus”. Porém, Deus não coloca etiquetas a ninguém, mas olha sempre o coração das pessoas. Jesus convida-nos a não colocar etiquetas aos outros que, às vezes com tanto esmero confecionamos, e a deixar-nos conquistar pelo que há de bom em cada pessoa.

Na casa de Deus, há lugar para todos. O Deus da misericórdia não faz escolhas, nem saldos, nem promoções, mas ama e tem sempre a porta aberta e alegra-se com todo aquele que corre para repousar no colo do Pai. Esta é a nossa missão: levar os outros ao repouso do Pai. Assim afirma a Carta aos Hebreus na segunda leitura: “levantai as vossas mãos fatigadas e os vossos joelhos vacilantes e dirigi os vossos passos por caminhos direitos, para que o coxo não se extravie, mas antes seja curado”. É também isto que Deus faz connosco e que não se cansa de fazer com todo o mundo. Deitemos fora as etiquetas que tantas vezes colocamos nos outros e que, à primeira vista, nos dão tranquilidade. Reconciliemo-nos com Deus que não faz distinção entre “primeiros e últimos”, mas deseja que haja lugar para todos em sua casa.

Jesus coloca um critério para entrar na salvação, o da “porta estreita”. “Porta estreita” não é uma passagem pelos muros da cidade, mas é a lógica fundamental da vida e dos critérios de Cristo. Quando Jesus nos convida a entrar pela porta estreita está a dizer-nos para O seguirmos, pois Ele é o único Caminho para chegar à casa do Pai. A salvação não está relacionada com fatores raciais ou privilégios religiosos. Estes não conferem direitos exclusivos à salvação. Por isso, o Mestre convida os discípulos a um discernimento sobre a vida deles. Pois, os que estão “longe” e os “últimos” podem ser os primeiros a sentar-se à mesa do reino de Deus.

 
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HOMILIA DA SOLENIDADE DA ASSUNÇÃO DE MARIA

Em Maria vemos o rosto misericordioso de Deus. Esta ideia aparece em evidência nas leituras bíblicas deste dia. O livro do Apocalipse, com uma narração cheia de dramatismo, narra-nos a chegada do alívio de Deus que toma nas suas mãos o Filho daquela mulher que estava para ser devorado pelo dragão, logo que nascesse. Este alívio expressa a proclamação da vitória do nosso Deus e do princípio de um reino cheio de amor e não submetido ao mal. A oração de Maria é o louvor ao amor que Deus tem por todos aqueles que Nele acreditam, um amor que vai passando de geração em geração. Na solenidade da Assunção da Virgem Santa Maria vemos definitivamente realizado este amor misericordioso em Maria elevada ao céu, a primeira dos que pertencem a Cristo.

Hoje encontramo-nos com este Deus que não é somente esperança, mas também realização do seu plano de salvação. Como diz o livro do Apocalipse: “Agora chegou a salvação, o poder e a realeza do nosso Deus e o domínio do seu Ungido”. Agora contemplamos isto em Maria, que, depois de dar à luz o seu Filho, preservado de ser devorado pelo mal existente neste mundo, “é levado para junto de Deus e do seu trono e a mulher fugiu para o deserto”. Hoje, Deus mostra-nos Maria nesse lugar preparado, onde a reconhecemos como nossa mãe, de quem nada nos pode separar e que, por isso, o seu lugar é também o nosso, de todos aqueles que somos filhos em seu Filho Jesus Cristo.

A hora da salvação, do poder e da realeza é muito importante. Maria ajuda-nos a ver esta hora através das maravilhas que Deus nela operou: 1) Deus colocou os olhos na humildade da sua serva. Deus coloca em cada um de nós os seus olhos para fugirmos à tentação de nos sentirmos incapazes, desgraçados e resignados ao mal; 2) Deus manifestou a força do seu amor e da sua misericórdia em Maria; mas não é um poder que aniquila, beneficia e gera divisão, como o poder deste mundo. Ao aceitar ser mãe, Maria experimentou a força do amor de Deus, alegrando-se com o nascimento do seu filho no meio dos pobres, acompanhando-o no caminho da cruz, chorando e alegrando-se, e, sobretudo, deixando-se levar ao lugar que Deus lhe tinha preparado; 3) Maria mostra-nos a nova história de Deus, que é a ressurreição para aqueles que nele acreditaram; assim, a morte perde todo o seu poder.

Olhando para Maria, sentimo-nos perturbados, pequenos como ela. Mas a nossa pequenez não é para se esconder porque temos vergonha dela. Deus olha para a nossa humildade e faz maravilhas em cada um de nós, ultrapassando todas as nossas expetativas. Hoje, na solenidade da Assunção de Maria, fazemos nossas as palavras que Isabel disse a Maria: “Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor”. Por outras palavras, sentimos que Isabel diz-nos: és feliz porque acreditaste e percorreste o caminho da Vida. É neste caminho que se cumpre tudo aquilo que Deus te fez sentir no coração. Aqui vemos o rosto da misericórdia de Deus, que cumpre o que prometeu: dispersou os soberbos, derrubou os poderosos de seus tronos, exaltou os humildes, aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. A misericórdia de Deus transforma o nosso coração e faz-nos reconhecer a nossa capacidade de ser misericordiosos.

 
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HOMILIA DO 20º DOMINGO COMUM (ANO C)

“Pensais que Eu vim estabelecer a paz na terra? Eu vos digo que vim trazer a divisão”. Neste domingo, quando ouvimos o texto do evangelho, ficamos surpreendidos com esta afirmação de Jesus, porque não diz o que gostaríamos de escutar. Não é este o seu pensamento, porque Ele é uma pessoa pacífica, cheia de paciência, incapaz de fazer ou desejar mal a alguém. Então Jesus não veio trazer a paz à terra? Então como entender as suas afirmações: “deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz” e “amai-vos uns aos outros”? Não é difícil entender todas estas afirmações de Jesus. Ele certamente quer a paz, mas não é uma paz qualquer; não é a paz como o mundo a dá, não é paz que não busca a verdade e a justiça. Como aconteceu ao profeta Jeremias, na primeira leitura, as palavras de Jesus “incendiaram” autenticamente o mundo e a cultura em que se inseria. As suas palavras eram fogo e transmitiam paz, mas a paz com justiça, verdade e fraternidade.

Hoje, a Palavra de Deus apresenta-nos Jeremias e Jesus. O profeta Jeremias, apesar de ser fiel a Deus, é visto, no seu tempo, como um inimigo do povo e especialmente dos poderosos. Os seus inimigos acusavam-no que “semeava o desânimo entre os combatentes que não foram para a guerra e ficaram na cidade e também entre o povo com as palavras que diz”. Também Jesus não era bem visto por todas as pessoas do seu tempo. Sofreu fortes ataques e havia sempre grupos a fazer-lhe oposição. Afinal, Jesus não é um manso cordeiro que veio ao mundo para que tudo continuasse na mesma. Jeremias e Jesus sofreram muito, porque enfrentaram o sistema que alimentava as injustiças e as indiferenças, dominado por alguns que sentiram que eles só vieram complicar e desestabilizar o esquema que tinham montado para dominar e escravizar.

Na nossa vida, se quisermos seguir o caminho da verdade e da justiça, ou seja, o caminho de Deus, também iremos fazer a experiência de perseguição de Jeremias e de Jesus. Por isso, na segunda leitura, da Carta aos Hebreus, é dito: “Corramos com perseverança para o combate que se apresenta diante de nós, fixando os olhos em Jesus, guia da nossa fé e autor da sua perfeição”. E como vamos aguentar todas estas dificuldades? A Carta aos Hebreus dá-nos a resposta: “Para não vos deixardes abater pelo desânimo, pensai n’Aquele que suportou contra Si tão grande hostilidade da parte dos pecadores. Ele suportou a cruz, mas agora está sentado à direita do trono de Deus”. Com a ajuda de Jesus, também faremos o caminho da cruz.

Mas, porque a vida é assim? Porque são odiados os que procuram fazer o bem, ser honestos e justos? Porque são perseguidos os que procuram viver segundo a vontade de Deus, ou seja, os que procuram ser profetas no mundo? Não é de espantar que estas coisas aconteçam. Porquê? Porque os profetas falam em nome de Deus dizendo qual é a Sua vontade numa determinada situação ou circunstância histórica. Ora os pensamentos de Deus são diferentes dos pensamentos humanos e há pessoas que se sentem atingidas e denunciadas nos seus comportamentos pela Palavra de Deus pronunciada pelo profeta. Então, perseguem, prendem, matam. Hoje, alguns continuam a perseguir os justos com mentiras, ameaças, desprezo.

Ser discípulo de Jesus, ser profeta do Filho de Deus, não é fácil, mas não é impossível. Jesus veio trazer a divisão que é a separação existente entre os verdadeiros e os mentirosos. Jesus veio trazer a paz do seu conforto e da sua coragem para enfrentar estes combates. Perante as dificuldades, fixemos os nossos olhos em Jesus e digamos: “Senhor, socorrei-me sem demora; Senhor, cuidai de mim. Sois o meu protetor e libertador: ó meu Deus, não tardeis”.

 
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HOMILIA DO 19º DOMINGO COMUM (ANO C)

Vivemos numa sociedade que tem a obsessão de garantir tudo. Muitas vezes a proposta de Jesus aparece contra a corrente do pensamento que reina no mundo. O objetivo da nossa vida parece que é ter as coisas bem asseguradas, ter uma casa, um emprego estável, que possamos dispor de alguns meios para manter um bom nível de vida. Quando vemos pessoas que se acomodam na instabilidade já franzimos o sobrolho, vemos uma geração de pessoas que parece que rejeita a sociedade que construímos, a forma de viver e de pensar da nossa cultura ocidental.

Todavia, na segunda leitura, a Carta aos Hebreus fala-nos de Abraão, um grande homem de fé, que saiu da sua terra sem saber para onde iria. Era estrangeiro, habitando em tendas. E o texto afirma que “a fé é a garantia dos bens que se esperam e a certeza das realidades que não se vêm”. Nós dizemos que acreditamos em Deus e que Ele está connosco. É muito fácil dizer isto quando tudo nos corre bem, segundo os nossos planos, quando nada nos falta. Quando tal não acontece, facilmente dizemos que Deus se esqueceu de nós. Por isso, Jesus disse: “onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração”. Tantas vezes, Deus não é o nosso tesouro!

Jesus afirma de uma forma surpreendente: “Vendei o que possuís e dai-o em esmola”. Como esta frase nos traz à memória a resposta daquele homem rico que até era boa pessoa e com bom coração, mas quando Jesus lhe propõe vender tudo o que possuía, retirou-se triste porque era muito rico. Queria seguir Jesus, mas preferiu o comodismo da sua riqueza e a tristeza. Jesus quer oferecer uma maneira diferente de viver. “Tende os rins cingidos e as lâmpadas acesas”, ou seja, que nada seja obstáculo à nossa adesão à vontade de Deus a nosso respeito. Por isso, é necessário que aquele que esperamos seja Jesus, que não o confundamos com nenhuma outra realidade. E esperar Jesus na nossa vida é afastar o medo, porque Ele preocupa-se e está atento a tudo o que nos possa acontecer. Jesus afirma no evangelho: “Sede como homens que esperam o seu senhor voltar do casamento…Felizes esses servos, que o senhor, ao chegar, encontrar vigilantes…Estai preparados, porque na hora em que não pensais virá o Filho do homem”.

Perante estas palavras, Pedro fez a seguinte pergunta a Jesus: “Senhor, é para nós que dizes esta parábola, ou também para todos os outros?”. Ou seja, estas palavras são para nós, que somos a Igreja, ou são para os outros? Jesus respondeu: “A quem muito foi dado, muito será exigido; a quem muito foi confiado, mais se lhe pedirá”. Nós somos aqueles a quem muito foi dado, somos os que temos mais responsabilidade, porque somos o povo do Senhor, as pedras vivas do Templo do Senhor, a Igreja. Não pensemos que somos intocáveis; há que assumir as fraquezas da Igreja, temos de nos envergonhar com algumas ações de alguns membros da Igreja, para que possamos renovar, purificar e caminhar, continuando a sermos imagens de Jesus Cristo.

Neste domingo, a Palavra de Deus desafia-nos, novamente, a não nos apegarmos aos bens terrenos: eles desaparecem e não são fiáveis (não é o que estamos hoje a ver com o que se passa nas instituições bancárias, nas ações das bolsas?). Ganhemos, sim, tesouros no céu, pela partilha generosa com os outros, sobretudo os mais necessitados. Além disso, e relacionado com o tema do desprendimento, o Evangelho pede também vigilância. É preciso vigiar para estar “bem” no dia da morte, mas não podemos esquecer que devemos vigiar todos os dias para ir vivendo a Boa Nova da Salvação, fazendo a experiência de Deus em nós, cumprindo a sua divina vontade.

 
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