S. Julião
  • Paróquia de Mangualde
  • Paróquia de Mangualde
  • Paróquia de Mangualde
  • Paróquia de Mangualde
  • Paróquia de Mangualde
  • Paróquia de Mangualde
  • Paróquia de Mangualde

Calendário

<<  Março 2024  >>
 Se  Te  Qu  Qu  Se  Sá  Do 
      1  2  3
  4  5  6  7  8  910
11121314151617
18192021222324
25262728293031

Entrada



Mapa

Coordenadas GPS:

40º36'21''N
7º45'57''W

Ver mapa aqui.

Visitas

mod_vvisit_countermod_vvisit_countermod_vvisit_countermod_vvisit_countermod_vvisit_countermod_vvisit_countermod_vvisit_countermod_vvisit_counter
mod_vvisit_counterHoje2231
mod_vvisit_counterOntem6034
mod_vvisit_counterEsta semana48732
mod_vvisit_counterEste mês99931
mod_vvisit_counterTotal7194909
Visitors Counter 1.5
PDF Versão para impressão Enviar por E-mail

14212740 104semhora do castelo5100548871434 642565319469874396 n 800x600

HOMILIA DA FESTA

DE NOSSA SENHORA DO CASTELO – 2016

“Exultemos de alegria no Senhor, ao celebrar o nascimento da Virgem Santa Maria, da qual nasceu o sol da justiça, Cristo nosso Deus”. Assim canta hoje a Igreja, na multidão dos seus filhos, espalhados pelo mundo, na alegre festa litúrgica da Natividade da Virgem Santa Maria; assim cantamos nós, em comunhão com a Igreja universal, ao celebrarmos, aqui, a Festa de Nossa Senhora do Castelo.

É com muito respeito e religiosa veneração, que nos encontramos neste santuário, que há tantos anos, tem acolhido e abraçado gerações sucessivas de homens e mulheres crentes, peregrinos e devotos da Senhora do Castelo. Aqui acorre gente de todas as idades e tantas famílias, que vêm agradecer os dons recebidos, pedir o auxílio, o conforto e a esperança do Alto, sobretudo quando pesa a cruz, quando falta o ânimo e a alegria, a força para caminhar.

As leituras bíblicas propostas para a celebração deste dia sublinham o “intenso trabalho” de Deus em construir o seu templo, a sua morada, se é que assim podemos falar. Podemos afirmar que Deus teve maior cuidado em criar Maria, do que em criar o mundo inteiro. Desde toda a eternidade, Maria é preparada para ser a “digna mãe do Salvador”. Segundo a profecia de Miqueias, na primeira leitura, de Belém de Éfrata sairá o condutor, um novo David, como Messias, que inaugurará o “reinício da história”: “de ti sairá aquele que há-de reinar sobre Israel. As suas origens remontam aos tempos de outrora, aos dias mais antigos. Por isso Deus os abandonará até á altura em que der à luz aquela que há-de ser mãe. Ele se levantará para apascentar o seu rebanho pelo poder do Senhor. Viver-se-á em segurança, porque ele será exaltado até aos confins da terra. Ele será a paz”. Em Maria realiza-se a profecia de Isaías, que nos aparece no texto do evangelho: “A Virgem conceberá e dará à luz um Filho, que será chamado ‘Emanuel’, que quer dizer “Deus connosco”.

Reconciliar: esta é a tarefa de Deus e de todos os cristãos chamados a ser humildes e próximos de todos, como ensinam as bem-aventuranças e como testemunha a Virgem Maria, de quem a Igreja celebra hoje o nascimento. Podemos fazer a seguinte pergunta: Como Deus reconcilia? Qual é o estilo da reconciliação de Deus? Em primeiro lugar, Deus não faz uma grande assembleia para reconciliar, não assina um documento ou um tratado. Deus reconcilia da seguinte forma: Ele começou a caminhar com o seu povo... O caminho de Deus entre os homens..., ao lado dos bons e dos maus. Deus não tem medo: Ele caminha, caminha com seu povo. Ele é um Deus próximo que caminha com todos e dá a todos a esperança no Messias. Além disso, Ele é um Deus que sonha. O nosso Pai sonha coisas belas para o seu povo, para todos nós, porque Ele é Pai, e, sendo Pai, pensa e sonha o melhor para os seus filhos. Por isso, Ele dá-nos um estilo de vida: amar o próximo sem reservas.
Deus é todo-poderoso e grande, mas escolhe as coisas pequenas, humildes, para fazer grandes obras. Ele aconselha-nos a ser como crianças para entrar no Reino dos Céus. Ao celebrarmos a Eucaristia, celebramos o memorial do Senhor: um pequeno pedaço de pão, um pouco de vinho... Mas neste pequeno está tudo. O sonho de Deus, o seu amor, a sua paz, a sua reconciliação, Jesus: Ele é tudo.

O nascimento da Virgem Maria é um acontecimento de fé e esperança que lembra o grande valor de cada ser humano, instrumento das maravilhas que Deus pode realizar. A Igreja celebra hoje o Nascimento da Virgem Maria, um momento cheio de significado teológico, espiritual e eclesial, que nos convida a redescobrir o sentido e o valor da vida. Um dos absurdos do nosso tempo é a fúria em relação à vida nascente, dificultada, manipulada e destruída. A ciência médica, concebida para dar apoio à saúde humana, tornou-se, em alguns casos, instrumento de morte para os menores e mais indefesos: os seres humanos que estão a ser gerados. Também não podemos esquecer as condições que impedem as famílias de ser mais acolhedoras ao nascimento de um filho ou de mais um filho. A crise económica, a instabilidade dos empregos, os salários baixos, o alto custo das casas de habitação, os impostos sempre a crescer são alguns dos elementos que desencorajam as famílias para ter filhos. As leis parecem privilegiar as pessoas que querem viver sozinhas, carregando nos ombros da família o peso fiscal e social de um país. Diante deste cenário, o nascimento da Bem-Aventurada Virgem Maria lembra o grande valor de cada ser humano, capaz de ser instrumento das grandes maravilhas que Deus pode realizar. A vida de Maria recorda-nos que um ser humano não é uma propriedade dos pais: o pai e a mãe não são os donos da vida humana, mas administradores. Maria foi um presente para Ana e Joaquim, que quiseram confiá-la totalmente às mãos de Deus. Confiar o filho à vontade de Deus é educá-lo santamente, acompanhá-lo no crescimento humano, instruí-lo na fé, rezar pela sua vocação e encaminhá-lo para a maturidade da vida humana e espiritual.


O nascimento de Maria prepara a Encarnação de Cristo. Maria é o templo que acolhe o Salvador, o tabernáculo onde repousa o Santíssimo Sacramento, a arca onde reside o coração da Nova Aliança, o palácio real onde mora o Rei do Céu e da Terra. Maria é a mulher que deu a sua carne ao Filho de Deus. A vinda de Maria ao mundo recorda a santidade e a transcendência de cada vida humana, que tem valor eterno. O homem tem necessidade de redescobrir a dignidade infinita de todo o ser humano, independentemente da sua idade, da sua riqueza, do seu conhecimento. Pobreza, doença e ignorância não devem constituir motivo de exclusão. Quando nasceu Maria, os seus pais não sabiam das grandes obras que Deus realizaria através da sua filha. O mundo de hoje também precisa de entender que a cada criança concebida cabe o direito de crescer de coração aberto ao Espírito Santo, para cumprir humildemente a vontade do Pai e tornar-se fiel servidor de Deus e dos homens.

No Ano Santo da Misericórdia, proclamado pelo Papa Francisco, e que estamos a viver, o Santuário da Senhora do Castelo foi escolhido para ser a Igreja Jubilar para os concelhos de Mangualde, Nelas, Penalva do Castelo e Fornos de Algodres. Por isso, neste dia, invoquemos Maria como Mãe da Misericórdia. A doçura do seu olhar nos acompanhe neste Ano Santo, para podermos todos nós redescobrir a alegria da ternura de Deus. Ninguém, como Maria, conheceu a profundidade do mistério de Deus feito homem. Na sua vida, tudo foi moldado pela presença da misericórdia feita carne. A Mãe do Crucificado Ressuscitado entrou no santuário da misericórdia divina, porque participou intimamente no mistério do seu amor. Escolhida para ser a Mãe do Filho de Deus, Maria foi preparada desde sempre, pelo amor do Pai, para ser Arca da Aliança entre Deus e os homens. Guardou, no seu coração, a misericórdia divina em perfeita sintonia com o seu Filho Jesus. O seu cântico de louvor, na casa de Isabel, foi dedicado à misericórdia que se estende “de geração em geração”. Também nós estávamos presentes naquelas palavras proféticas da Virgem Maria. Ao pé da cruz, Maria, juntamente com João, o discípulo do amor, é testemunha das palavras de perdão que saem dos lábios de Jesus. O perdão supremo oferecido a quem O crucificou, mostra-nos até onde pode chegar a misericórdia de Deus. Maria atesta que a misericórdia do Filho de Deus não conhece limites e alcança a todos, sem excluir ninguém. Dirijamos a Maria a nossa oração, pedindo-Lhe que nunca se canse de volver para nós os seus olhos misericordiosos e nos faça dignos de contemplar o rosto da misericórdia, seu Filho Jesus.

E, por fim, uma prece muito especial a Maria-Mãe: Senhora do Castelo, olhai para esta terra que é vossa; olhai e amparai os vossos filhos que nesta hora mais precisam de ajuda, ânimo e força para refazer as suas vidas e construir o futuro; abençoai e protegei todas as famílias; abençoai e protegei as crianças e os jovens, os idosos, os doentes, os pobres, os desempregados, todos os que perderam a coragem de sonhar e de acreditar em Deus e nos homens. Que não nos falte a saúde, a paz, o trabalho, o ânimo e a força da fé e da esperança para enfrentar a realidade concreta da vida de cada dia. Senhora do Castelo, rogai por nós!

 

 
PDF Versão para impressão Enviar por E-mail

SKMBT C25216090710510nova 800x600

 
PDF Versão para impressão Enviar por E-mail

Calendário- Catequese-1 800x600

 
PDF Versão para impressão Enviar por E-mail

HOMILIA DO 23º DOMINGO COMUM (ANO C)

Ainda há bem pouco tempo, num dos últimos domingos, tivemos a oportunidade de ouvir estas palavras de Jesus: “Onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração”. Para proferir estas palavras, Jesus baseia-se no seguinte: nem sempre nos libertamos daquilo a que estamos apegados: “vede bem, diz Jesus, guardai-vos de toda a avareza: a vida de uma pessoa não depende da abundância dos seus bens”. Mas, se estamos afeiçoados a alguém, se gostamos muito de uma pessoa, estamos sempre com ela no pensamento ou à sua beira. Se estamos agarrados ao dinheiro, pensamos nisso todo o dia e na forma de ganhar ainda mais. E com Deus? Estamos afeiçoados a Ele? A maioria das pessoas parece que não está! Que lugar e importância cada um dá a Deus na sua vida? Basta pensar em Deus somente de manhã ou à noite ou em nenhum momento da vida? Tudo isto depende das nossas preferências e objetivos para a nossa vida.

Cada um de nós tem as suas preferências. No evangelho deste domingo, Jesus deixa bem claro qual deve ser a nossa grande preferência: “Se alguém vem ter comigo, sem Me preferir ao pai, à mãe, à esposa, aos filhos, aos irmãos, às irmãs e até à própria vida, não pode ser meu discípulo”. Como isto nos surpreende! Com estas palavras, diz-nos qual deve ser a escala de preferências daquele que deseja ser seu discípulo. Mas como? Amar menos o meu filho ou filha, o meu marido ou esposa, os meus irmãos, o meu namorado ou namorada? É verdade! Todos estes devem ser amados, mas amar Deus em primeiro lugar. É evidente que devemos dedicar o nosso tempo, atenção e carinho à nossa família, aos nossos amigos e a todos os que nos rodeiam. Mas, e se, em primeiro lugar, não estiver Deus? Jesus é bem claro: “não pode ser meu discípulo”. Amar a Deus acima de todos e de tudo. Assim, podemos perguntar: quem amamos mais?

É evidente que Jesus não deseja que odiemos o nosso pai, a mãe, filho ou filha. Quem segue Jesus tem de amá-Lo muito mais que estes, colocá-Lo no primeiro lugar do nosso afeto para que tudo o resto tenha sentido e fundamento. E que benefícios tenho com esta opção de vida? Qual a consequência desta opção? A Cruz!

Por isso, Jesus diz-nos no texto do evangelho deste domingo: “Quem não toma a sua cruz para Me seguir, não pode ser meu discípulo”. Levar a cruz todos os dias, imitando o Mestre, é o que espera todo aquele que deseja ser cristão. Quem seguir Jesus, acabará por encontrar o sofrimento. Tal aconteceu com Ele. É na fidelidade durante o sofrimento, durante a cruz, que se alcançará a salvação. O que salva não é o sofrimento, é seguir Jesus. Na nossa vida, o que é a cruz?

A Cruz não são somente os sofrimentos comuns da vida: dificuldades financeiras, drogas na família, traições. A cruz do cristão pode abranger estas coisas e outras, mais a opção por Cristo. Não é só pegar na cruz, mas seguir Jesus. O que aconteceu com S. Paulo? Diz-nos na segunda leitura: “Eu, Paulo, prisioneiro, por amor de Cristo Jesus”. Qual o motivo de estar preso? Por ser cristão. Assim, o sofrimento deixa de ser visto como uma fatalidade, mas como uma forma de sermos semelhantes a Cristo. Deus não quer o sofrimento de ninguém, mas a felicidade. Por isso, como nos diz a primeira leitura, dá-nos a sabedoria e o Espírito Santo para aprendermos as coisas que Lhe agradam e sermos salvos.

Assim, como ser cristão e discípulo de Jesus? Abraça a própria cruz de cada dia, não se oponha nada à opção inicial, incluindo os afetos mais queridos aos familiares e à sua própria vida, renunciar a todos os bens e aderir ao Senhor, fonte da verdadeira sabedoria.

 
PDF Versão para impressão Enviar por E-mail

HOMILIA DO 22º DOMINGO COMUM (ANO C)

Neste domingo, Jesus dá normas de conduta para a sociedade. Parece que dá regras de boa educação, ou melhor, normas protocolares, dando a entender que seremos reconhecidos se a pusermos em prática. Há sempre a preocupação de “parecer bem”, “ser tido em consideração”, “mereço que me tratem bem”, “os outros devem agradecer o que lhes faço”, “não faço mal a ninguém, só quero o bem dos outros”. Mas na história dos homens, a soberba e o orgulho nunca deram bons frutos naqueles que se deixaram escravizar por estes vícios. Por isso, na primeira leitura do Ben-Sirá encontramos este conselho: “quanto mais importante fores, mais deves humilhar-te, e encontrarás graça diante do Senhor. O fundamento deste modo de proceder está em Jesus, que sendo de condição divina, Se humilhou a Si mesmo e Se fez homem para resgatar e servir os homens.

Porém, estas normas de boa educação e de conduta, passadas pelo evangelho e por Jesus, convertem-se em autênticos caminhos de vida. Ajudar os outros, aceitando-o como ele é, é unir-me a Deus, que me aceita tal como sou e procura transformar-me, através do seu amor e do seu perdão misericordioso. Assim, o outro converte-se na porta de encontro com Deus. Ser humilde, aceitar o último lugar, preocupar-me com aqueles que são tidos sempre como os últimos é a porta de vida que me faz encontrar o caminho que Deus me mostrou em Jesus: o caminho da cruz que leva à ressurreição.

Se a primeira leitura deste domingo nos desafia a viver a humildade, o texto do evangelho repete-o. Não buscar os primeiros lugares, aceitar servir os outros e ser “pequeno” aos olhos do mundo (porque somos grandes aos olhos de Deus). Ser cristão é ser “servo”: Jesus também foi o “servo sofredor”; lavou os pés aos discípulos e pediu que fizéssemos o mesmo uns aos outros. A vida só tem sentido a servir os outros. Não esqueçamos a célebre frase de Ghandi: “quem não vive para servir, não serve para viver”.

 
<< Início < Anterior 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 Seguinte > Final >>

JPAGE_CURRENT_OF_TOTAL