SEMANA DA VIDA - FESTA DA FAMÍLIA
De 10 a 17 de Maio, decorreu a SEMANA DA VIDA. O Secretariado Diocesano da Pastoral da Família promoveu, no dia 17, a habitual Festa da Família, este ano em Mangualde. Pelas 14:30 começou o acolhimento no complexo paroquial de Mangualde com um momento musical muito agradável, protagonizado pelo grupo “Canto Fraterno”. Seguiu-se a conferência/debate “A Família na Sociedade – Missão e dificuldades” proferida pelo Dr. Juan Francisco Garcia Ambrosio, casado e pai de dois filhos, docente da Faculdade de Teologia da Universidade Católica e autor de diversos artigos e livros sobre a família.
Na sua brilhante exposição, Juan Ambrosio propôs um olhar sobre a realidade da família atual e um caminho a seguir na pastoral familiar.
A tão propalada crise da família afinal não é de hoje, é um discurso que tem mais de 30 anos, o tempo de uma geração, e que portanto já pouco diz aos jovens de hoje. A família sempre soube se adaptar em todos os momentos de crise civilizacional – reorganizou-se, reconfigurou-se para dar resposta à sua razão de ser, que é desempenhar um papel importante na maturação da pessoa e na construção da sociedade. A Família não acabou e não acabará, está em transformação, em metamorfose. A família continua a ser vista e experimentada como um valor fundamental. Para a consciência crente o futuro da família é visto com grande esperança – esperança de que a família se renove e conserve como algo indestrutível ao serviço da vida, da pessoa e da sociedade. Aos cristãos é lançado o desafio de ser uma minoria qualificada e qualificadora que saiba acompanhar a família em todas as suas fases e dimensões. A Pastoral familiar tem que encontrar forma de sair do mero discurso académico, teórico e tornar-se presente na construção do bem comum alicerçada no cuidado e atenção do outro, na família e na comunidade.
Pelas 17:00 seguiu-se a celebração da Eucaristia presidida pelo Sr D. Ilídio, onde, à semelhança dos anos anteriores, os casais que completam 10, 25,40, 50 ou 60 anos de matrimónio, ao longo deste ano de 2015, tiveram uma participação especial, com a renovação das promessas matrimoniais, a bênção episcopal e a receção de um Diploma assinado pelo Sr. Bispo. Este ano, por razões sobejamente conhecidas, a família está, ou pelo menos deveria estar, no centro das nossas preocupações e atenções pastorais. Urge pois fazermos um esforço para podermos testemunhar a alegria de vivermos o Evangelho em família. |
Jovens do 8º ano da catequese celebraram
a Festa da Vida e os do 9º ano a Festa do Compromisso
No dia 17 de maio – Ascensão do Senhor, na missa das 11h00, os jovens do 8º ano da catequese celebraram a Festa da Vida e os do 9º ano a Festa do Compromisso. Foi um dia especial para estes 119 jovens, que ocuparam a parte central da Igreja, e ouviram com atenção as palavras que o Rev. Cónego Jorge Seixas lhes transmitiu: “Jesus deixou de estar fisicamente connosco (foi para o céu, onde está sentado à direita do Pai), mas continua a estar entre nós … “Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, Eu estarei no meio deles”, “Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos”.
Veio à terra para, com a sua presença, manifestar o grande amor que Deus tem pela humanidade…
… Não foi embora para se afastar de nós, mas para alimentar a nossa esperança em estar, um dia, junto Dele para sempre. “A Ascensão de Cristo é a nossa esperança …
Jesus também está presente nas nossas vidas, através do Espírito Santo, o qual prometeu enviar como “força do alto”.
Jesus deixou-nos uma missão… Esta missão levará a Igreja a todos os lugares, a todas as situações, a todo o mundo, com uma mensagem de amor, esperança, confiança, paz e salvação. É urgente esta mensagem no mundo dos jovens, dos que vivem sozinhos, da pobreza e das injustiças. “Não sou capaz”, “Não consigo”. Vou por todo mundo anunciar respeito pelos outros, e criar bom ambiente. Os amigos verdadeiros de hoje serão os de amanhã e estarão sempre presentes na nossa vida.
As palavras de confiança e animo tocaram o coração destes jovens, que vão ser os futuros homens e as mulheres da nossa sociedade.
No final o Rev. Cónego Seixas pediu uma grande salva de palmas para estes jovens e para as suas catequistas que ao longo do ano lhe transmitiram a Palavra de Deus.
Os cânticos estiveram a cargo do Grupo Coral da Paróquia de Mangualde. |
HOMILIA DO DOMINGO DA ASCENSÃO DO SENHOR
Segundo o livro dos Atos dos Apóstolos, quarenta dias depois da Ressurreição, Jesus subiu ao Céu, ou seja, regressa ao Pai que o tinha enviado ao mundo. A Ascensão do Senhor marca o cumprimento da salvação iniciada com a Encarnação. Jesus deixou de estar fisicamente connosco (foi para o céu, onde está sentado à direita do Pai), mas continua a estar entre nós. Recordemos as suas palavras: “Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, Eu estarei no meio deles”, “Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos”.
Em primeiro lugar, quem subiu ao céu? O mesmo que veio em carne mortal, Jesus. Veio à terra para, com a sua presença, manifestar o grande amor que Deus tem pela humanidade. Cristo, a Cabeça da Igreja, sobe ao Céu e com Ele sobe uma parte de nós, a humanidade que Ele assumiu. A nossa pobre natureza humana eleva-se ao céu com Ele, ao trono de Deus. Um dia, também nós subiremos ao Céu. A Ascensão diz-nos que em Cristo a nossa humanidade é elevada à glória de Deus.
Em segundo lugar, Jesus subiu ao Céu; para quê? Porquê? Porque já cumpriu a sua missão na terra e agora, começa a sua missão de mediador sentado à direita de Deus Pai. Não foi embora para se afastar de nós, mas para alimentar a nossa esperança em estar, um dia, junto Dele para sempre. “A Ascensão de Cristo é a nossa esperança: tendo-nos precedido na glória como nossa cabeça, para aí nos chama como membros do seu Corpo”. A Ascensão não é anúncio de uma “ausência”, mas de uma “presença”. Continua presente, com uma presença misteriosa e invisível, mas real. Jesus também está presente nas nossas vidas, através do Espírito Santo, o qual prometeu enviar como “força do alto” e cuja vinda sobre a Igreja celebraremos no próximo domingo.
Finalmente, Jesus deixou-nos alguma missão? Se por um lado deixou tristes os apóstolos e também nós, porque já não O veremos fisicamente, por outro, deixou-nos uma tarefa bem concreta. A tarefa que nos deixou foi: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura. Quem acreditar e for batizado será salvo; mas quem não acreditar será condenado”. Embora Cristo esteja sentado à direita do Pai, a Igreja está de pé, em missão, anunciando e continuando a construir o Reino de Deus. Não podemos ficar a olhar para o céu, como os homens da Galileia: “Porque estais a olhar para o Céu? Esse Jesus, que do meio de vós foi elevado ao Céu, virá do mesmo modo que O vistes ir para o Céu”. A nossa missão começou no dia a Ascensão e terminará no fim dos tempos. Esta missão levará a Igreja a todos os lugares, a todas as situações, a todo o mundo, com uma mensagem de amor, esperança, confiança, paz e salvação. É urgente esta mensagem no mundo dos jovens, dos que vivem sozinhos, da pobreza e das injustiças.
A Ascensão é uma festa missionária. Não podemos cruzar os braços. Que os meus olhos olhem sempre para o céu, mas com os meus pés calçados e firmes na terra, para levar a mensagem de salvação. |
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