S. Julião
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Picos de sensibilidade,

Confrontos sem ideias, Oportunidades mediáticas

 

A crise que vivemos não é apenas económica. É ideológica, democrática, de sentido, de relação e incapacidade de respeito mútuo e de diálogo construtivo. Por tudo isto é, também, uma crise de ética e de valores morais que vai subvertendo os projectos e planos, necessários para que a vida pessoal e social tenha sentido e progrida.

Como chegámos aqui é uma pergunta pertinente que pode e deve levar a uma reflexão necessária e consequente. Nunca se chega de um salto, mas degrau a degrau. Embora não generalizada, há uma crescente e alargada sensibilidade com picos frequentes, que levam à irritação e à não aceitação de qualquer crítica ou opinião contrária. Parece que todos estão contra todos, que meio mundo se preparou para atacar o outro, que sobram armas nas mãos e corações suspensos, sempre à espera do primeiro disparo. Tudo isto na política, no futebol, no mundo do trabalho, no centro de saúde, no interior do lar, na sala de aula, com azedume a extravasar para a rua. Nesta, cada dia se ri menos, se saúda menos, mas onde não falta gente a falar sozinha em voz alta e de telemóvel na mão a alimentar relações virtuais. Parece um mundo a caminhar ao contrário e a perder riqueza e sentido. Os confrontos fazem-se no vazio das ideias e com uma carga de emoções e de preconceitos. Se as discussões são públicas, como acontece na televisão, há sempre interlocutores que se atropelam, se ouvem mais a si próprios que aos outros, não parecendo preocupados em dizer o que pensam, o que nos faz julgar que, normalmente, não pensam nada. Um atordoamento interior a deitar para fora um vazio empobrecedor.

Neste contexto, é muito difícil reflectir e dialogar. Onde não há ideias, não há diálogo. Tudo superficial e dominado pelos interesses do momento. Os partidos políticos ou dizem o mesmo com palavras diferentes ou fixaram-se em chavões emparedados. Se alguém lá dentro pensa e ousa o diferente, os choques surgem logo dentro de casa e é atacado como se fosse inimigo ou intruso. Nas diversas forças partidárias gera-se a incapacidade de unir fileiras, em ordem a soluções difíceis de interesse público. Ninguém aceita não ser vencedor ou ter de abdicar dos louros da vitória. As contradições são escandalosas, consoante se é governo ou oposição. A mudança de poleiro leva à perda de memória e às vezes de vergonha. As leis fazem-se de cima para baixo e, por vezes, desfasadas da realidade de quem as deve cumprir, porque o que parece contar são os interesses partidários, o agrado de alguns, mais que o bem de todos. O panorama tão matizado repete-se em outros sectores de vida, porque o ambiente também contagia. De tudo se aproveitam os meios de comunicação social que, em tal clima, nunca lhes falta matéria para vender papel ou audiências. A eles se deve, e por isso lhe estamos gratos, a revelação de encobrimentos graves, mas a eles se deve também a anestesia da inteligência e da capacidade crítica, bem como um clima de falta de esperança, pessoal e colectiva. Já não há afirmações sem reservas, nem gente da ribalta sem rótulos. Sobra a imaginação e resta tempo para servir interesses. Por natureza somos criados para ver mais longe e para ir mais longe. Para isso não nos faltou desde o início a mão amiga de alguém. Hoje, quem corta asas, apaga horizontes, e destrói caminhos e fica enredado na teia que tece. Ao contrário, quem aponta rumos válidos cria futuro. Ter e dar esperança é ser criador de futuro. Do lado do poder fala-se de “poderes ocultos”, “cabalas”, “campanhas negras”. Se existem, quem as fomenta ou as provoca? E porquê? Não se cria futuro a fomentar suspeitas e a semear dúvidas.

Pe. Jorge Seixas

 

 
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Homossexualidade

e Casamento

Confundir homossexualidade e possibilidade de casamento entre homossexuais é um erro básico ou porventura malicioso. Infelizmente é o que mais frequentemente tem acontecido numa informação apressada, sem tempo para aprofundar e elucidar a opinião pública, dando mais destaque à homossexualidade do que ao casamento.

A Congregação para a Doutrina da Fé publicou em 2003 Considerações sobre os projectos de reconhecimento legal das uniões entre pessoas homossexuais, sublinhando que “segundo o ensinamento da Igreja, os homens e as mulheres com tendências homossexuais devem ser acolhidos com respeito, compaixão, e delicadeza. Deve evitar-se, para com eles, qualquer atitude de injusta discriminação”. Essas pessoas, por outro lado, são chamadas, como os demais cristãos, a viver a castidade.

O mesmo documento alerta que “o bem comum exige que as leis reconheçam, favoreçam e protejam a união matrimonial como base da família, célula primária da sociedade. Reconhecer legalmente as uniões homossexuais e equipará-las ao Matrimónio significaria não só aprovar um comportamento errado, com a consequência de convertê-lo num modelo para a sociedade actual, mas também ofuscar valores fundamentais que fazem parte do património comum da humanidade. A Igreja não pode abdicar de defender tais valores, para o bem dos homens e de toda a sociedade”.

Os sistemas legais mais modernos não outorgam o estatuto de união matrimonial às relações existentes entre parentes próximos – como seria o caso de irmãos, pais e filhos, avós e netos, etc. – não porque ignorem que entre essas pessoas possa existir um autêntico amor, mas porque entendem que esse sentimento não é susceptível de constituir um verdadeiro casamento. É também pacífico admitir que uma união poligâmica ou poliândrica é inaceitável, não por razoes de ordem ideológica ou confessional, mas porque uma tal associação é contrária à essência do Matrimónio natural que é a “união de um só homem com uma só mulher, em igualdade de dignidade e diversidade de funções”. Em com grande clareza sublinha: “Admita-se, no limite, a institucionalização de uma “sui generis” união de pessoas do mesmo sexo, mas não à custa da perversão da instituição matrimonial”.

Todos devem ser acolhidos com respeito, tolerância e em espírito de diálogo, de abertura e de acolhimento, não fazendo acepção de pessoas nem de opções que tomam na sua vida.

Pe. Jorge Seixas

 
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Mais Solidariedade em Portugal, porque os dias são maus

Mais uma vez se adensou e complicou o clima psicológico, e não só, do povo português pelos graves problemas que surgem com objectividade ou pela suspeita generalizada. Há, com efeito, muita a gente a sofrer enervadamente por lhe faltar já o necessário para uma vida digna, ou então, por não ter esperança de melhores dias ao olhar para o futuro.

Ao lado desta multidão aparece uma minoria abastada, sem coração, que esbanja sem limitações como se o mundo em que vive não tivesse problemas de pobreza e de sofrimento. Estas pessoas não têm sentimentos de humanidade, de solidariedade e de fraternidade tão próprios de consciências bem formadas.

Com tais pessoas não se pode contar para a renovação do mundo. Difícil tal colaboração até pelo facto de fugirem ao contacto com os pobres e os que sofrem.

Mas a lastimável situação é, ainda, agravada pela praga daninha e corrosiva, a corrupção, que vai enchendo muito do espaço dos órgãos de comunicação social, principalmente quando envolve aqueles que estão constituídos em elevadas funções.

A corrupção é como uma grangena, que corrói a consistência de qualquer país.

Sofre-se porque o país, arrastadamente, vive com graves problemas sem solução à vista.

E esta situação de sofrimento não é uma ficção criada pela comunicação social, como alguns dizem, talvez para se justificarem a si próprios.

Há razões objectivas para esse mal-estar em que vive o nosso país.

Uma delas é o desemprego que atinge o máximo das últimas décadas. E dizer desemprego é sublinhar uma série de problemas nascidos daí nas pessoas, nas famílias, nas empresas e no próprio país.

O desemprego provoca ansiedade, insegurança, perca da alegria de viver e de conviver, e falta de lucidez com a prevalência da emotividade. É cada um e a comunidade que sofrem. Mas outras razões para o mal-estar existem que passamos a referir:

É a perca, em muitos portugueses, da credibilidade e confiança nos governantes, nos políticos, nos próprios sindicalistas e nos empresários, porque os não sentem, na maior parte da vezes, suficientemente solidários com a sua situação de sofrimento e por não aparecerem soluções para os seus problemas.

Não lhes chega os belos discursos que não alteram a realidade perturbadora, nem o dizer-se que existe uma crise mundial.

Esta perca de credibilidade e confiança nos responsáveis pela condução do país, cada um segundo as suas funções, é muito grave porque fere profundamente a coesão do nosso país e dificulta a colaboração de todos para a solução dos nossos graves problemas nacionais.

Outras razões se podiam juntar.

Fico por aqui. O que se apontou é mais que suficiente para compreender, um pouco, o mal-estar e sofrimento de tantos portugueses. O clima geral, não se diga que é, em grande parte, criação artificial, pois as suas raízes radicam-se profundamente na realidade concreta do povo português. Diante desta situação todos os portugueses têm de intervir para minimizar ou anular o sofrimento de tantos dos nossos concidadãos. Também a Igreja Católica e as outras Confissões religiosas devem colaborar para a solução dos referidos problemas. Que ninguém desfaleça neste esforço.

Pe. Jorge Seixas

 
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Hospitalidade, Respeito

e Alegria

Entrámos no mês de Maio, com a natureza em festa, campos floridos de variadas cores, que despertam em nós a alegria de viver. Bem precisa o povo deste sentimento de alegria para aliviar a depressão do desemprego e da crise.

 

 

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Para os cristãos haverá outros motivos que fortalecem a esperança, sobretudo o facto de estarmos em tempo pascal, sentirmos a protecção de Nossa Senhora, a quem o mês de Maio é dedicado, e, neste ano, recebermos a visita do Papa Bento XVI, o sucessor do Apóstolo S. Pedro na cátedra de Roma, com igual missão de ser elo de comunhão entre todos os Apóstolos e seus sucessores. Quem não partilha da fé cristã terá dificuldade em sentir-se animado com esta visita, sobretudo numa altura em que o mundo anda à procura de tudo o que é negativo na pessoa humana, porque não tolera o que é diferente e muito menos quando os critérios de vida e de acção conferem a quem os vive uma exemplaridade para outras pessoas, como é o caso do Papa.

A maioria da população portuguesa nutre um carinho especial pelo Papa, não pelo facto de Bento XVI ou antes João Paulo II, mas por aquilo que significa. Mesmo em tempos conturbados da História da Igreja, os católicos portugueses sempre viram na figura do Papa alguém significativo para a vivência da sua fé. Não será agora que nos vamos deixar perturbar pelas vozes contestatárias de alguns, de fora e de dentro da Igreja.

Então que motivos e razões podemos alegar, que nos motivem a preparar-nos para esta visita e exigir de quem não partilha as nossas convicções que seja tolerante para connosco e respeituoso das nossas? Em primeiro lugar, se as minorias merecem o nosso respeito, também estas o devem mostrar em relação às maiorias. A alegria e o bem dos outros não prejudica ninguém, antes pelo contrário, pode contribuir para o bem estar de todos. Em segundo lugar, nunca devemos ridicularizar as convicções profundas do nosso próximo, sobretudo quando são de origem espiritual e religiosa. Isso cria fracturas na coesão social e enfraquece a convivência democrática. Mesmo aos governantes, na promoção da paz e do bem comum, fica bem facilitar as expressões religiosas dos cidadãos e, partilhando a alegria destes, fomentar um ambiente de hospitalidade e de respeito para com uma figura representativa para as convicções da maioria dos cidadãos. Assim vai acontecer. Em terceiro lugar, os Papas, sobretudo os últimos, têm contribuído com doutrina, sobretudo na área social, e também com exemplos de solidariedade efectiva, para que as relações entre os povos sejam mais humanas e solidárias. Para ficarmos apenas nesta dimensão, lembremos as encíclicas sociais e o papel dos Papas no desmoronar de muitos muros que dividem povos, blocos e culturas.

Para os católicos as motivações da sua alegria por esta visita do Papa são ainda mais profundas. À luz de Cristo e do Evangelho conhecemos o significado do colégio apostólico, o papel de Pedro como elo visível e artífice da comunhão e do vigor da fé na Igreja. Por isso sentimo-nos honrados e estimulados com esta visita. Apesar da frequência com que vemos a sua pessoa e ouvimos as suas palavras através dos meios de comunicação social, a sua presença pessoal entre nós, as mensagens que nos vai transmitir a propósito de algumas áreas específicas da nossa situação eclesial e social, o ambiente criado pelas multidões dos crentes que vão participar nos diferentes encontros, contribuirão para fortalecer a nossa esperança em tempos de crise, aumentar a nossa auto-estima e despertar energias positivas para a construção de um país mais solidário e lutador pelo progresso e bem comum.

Todos sabemos como a fé, a alegria e o entusiasmo dão um forte contributo ao nosso íntimo. Por isso todos sairemos a ganhar com esta visita.

Imploremos de Nossa Senhora a paz para o mundo, trabalho digno para todos e a protecção para o Santo Padre, para que continue a ser o mensageiro de Cristo e dos valores evangélicos para a humanidade. Preparemo-nos, pois, para, uma vez mais, sermos um povo hospitaleiro, respeituoso e que se alegra com a visita do sucessor de Pedro. E, mesmo não sendo católicos, alegremo-nos com os que se alegram.

Pe. Jorge Seixas

 
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