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Actividades
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CATL - Centro de Atividades e Tempos Livres
E lá passou mais uma semana de férias e atividades divertidas.
Pintamos uma mandala e fizemos uma mensagem de Ano Novo. Para finalizar, decoramos um flute, com o qual brindamos ao Novo Ano.
Desejamos a toda a família e amigos um Feliz Ano de 2016. |
HOMILIA
DA SOLENIDADE DA EPIFANIA DO SENHOR
A solenidade deste domingo é conhecida pelo nome de “epifania do Senhor”, que significa a manifestação do Senhor. No Natal, salientou-se o nascimento humano do Filho de Deus, ou seja, o mistério da Encarnação; neste dia, acentua-se a manifestação universal de Deus, através de Jesus, a todos os povos da terra. Mas, olhemos para as leituras bíblicas deste dia, sobretudo, para a catequese do texto evangélico. Na primeira leitura, Isaías é o anunciador da grande festa que viverá a cidade santa de Jerusalém, quando um dia aparecer o Senhor cheio de glória: “Levanta-te e resplandece, Jerusalém, porque chegou a tua luz e brilha sobre ti a glória do Senhor. As nações caminharão à tua luz e os reis ao esplendor da tua aurora”. Na segunda leitura, São Paulo faz referência ao caracter universal do mistério de Cristo: “foi-me dado a conhecer o mistério de Cristo…ele não foi dado a conhecer aos filhos dos homens como agora foi revelado pelo Espírito Santo…os gentios recebem a mesma herança que os judeus, pertencem ao mesmo corpo e participam da mesma promessa, em Cristo Jesus, por meio do Evangelho”. Estes dois textos preparam-nos para acolher a mensagem do texto evangélico.
Os magos vinham de longe e encontraram luz na humildade, na inocência e na pequenez de um menino. Deste texto, o que podemos tirar para a nossa vida? Ele é uma catequese sobre a procura de Deus, ou seja, a procura da fé. É uma procura que consta dos seguintes passos: 1) Ler os sinais dos tempos. Os magos começaram a sua viagem a partir de um sinal: a estrela no Oriente. Hoje, temos de ser estrela para os outros, ou seja, iluminar e guiar os outros para o rosto misericordioso de Deus; 2) Depois, iniciar uma caminhada, ou seja, ter uma atitude de busca, de procurar. Os magos fizeram a viagem do Oriente até Jerusalém. Queriam conhecer. Queriam saber. Por isso, perguntaram: “Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer?”. A curiosidade por saber é o princípio para conhecer alguém ou alguma coisa; 3) Na sua procura, os Magos venceram as dúvidas e as incertezas. Por uns tempos, deixaram de ver a estrela, mas não desanimaram e prosseguiram o seu caminho. Deram conta que o rei Herodes, os príncipes dos sacerdotes e os escribas do povo não eram pessoas de confiança. Mas, ouvido o rei, puseram-se a caminho; 4) Ao ver novamente a estrela, sentiram grande alegria. Tinham chegado ao destino da sua viagem, da sua busca. Entraram na casa e viram o Menino com Maria, sua Mãe. Adoraram-no e ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra. Estavam alegres e gratos, porque valeu a pena a sua grande aventura: encontraram quem procuravam; 5) Finalmente, um aspeto muito importante: “regressaram à sua terra por outro caminho”. Quem procura e encontra Jesus Cristo sente a necessidade de mudar de caminhos, de encontrar novas rotas, ou seja, de mudar de vida.
Diante de nós estão três homens, dois caminhos e uma estrela. Três homens que se encontraram e foram iluminados com a luz da fé. Essa luz mudou as suas vidas e foram por outro caminho, o caminho da fé em Cristo. Três homens, magos, simbólicos, representantes de todos os homens e mulheres que escolhem seguir Deus e não serem escravos do egoísmo e da ganância. Dois caminhos: são os dois caminhos da vida: o que vai e chega a Deus, e o que nem chega e nem vai a Deus. O que vai e chega a Deus é o caminho do homem honesto que busca a felicidade, mas que não está isento de assaltos e perigos. Mas é um caminho que nos levará à gruta de Belém. O outro caminho é triste, pois nem chega a Deus nem vai até Deus. É o caminho do egoísmo, da ambição, representado no rei Herodes que, em vez de acompanhar os Magos, ficou sentado no seu trono, com medo que alguém o ocupasse e vivendo nos prazeres e nos vícios. A estrela dos Magos levou-os a encontrarem-se com Deus.
Eis aqui o caminho da nossa fé: estar atentos aos sinais dos tempos, ter vontade de procurar e de se pôr a caminho, descobrir e ultrapassar as dificuldades e dúvidas, encontrar o Deus da nossa fé e assumir o compromisso da mudança de vida. É um bom programa para alcançar a herança prometida, a salvação.
Cónego Jorge Seixas |
HOMILIA DA SOLENIDADE DE SANTA MARIA, MÃE DE DEUS
Os cristãos começam um novo ano civil com três comemorações importantes: é a oitava do Natal; celebramos uma solenidade litúrgica em memória de Maria, invocando-a como Santa Maria, Mãe de Deus; e, desde 1968, por vontade do Papa Paulo VI, é o Dia Mundial da Paz. Neste, dia, desejamos a todos um feliz ano novo. E este desejo encontra-se, em forma de oração, no salmo responsorial, na seguinte afirmação: “Deus se compadeça de nós e nos dê a sua bênção, resplandeça sobre nós a luz do seu rosto”. Esta oração é um resumo da bênção de Deus, dada a Aarão e aos seus filhos, que se encontra na primeira leitura: “Assim abençoareis os filhos de Israel, dizendo: O Senhor te abençoe e te proteja. O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te seja favorável. O Senhor volte para ti os seus olhos e te conceda a paz”. A luz e a paz são duas realidades muito importantes para se viver mais um ano. Na segunda leitura, São Paulo, na Carta aos Gálatas, diz-nos que “quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher e sujeito à Lei…para nos tornar seus filhos adotivos. E se és filho de Deus, também és herdeiro, por graça de Deus”.
Há oito dias celebrámos a solenidade do nascimento de Jesus. Neste tempo de Natal, Maria tem um grande destaque. Por isso, no evangelho, S. Lucas apresenta-nos uma das afirmações mais surpreendentes que contêm os evangelhos sobre a figura de Maria: “Maria conservava todas estas palavras, meditando-as em seu coração”. É a confirmação de Maria como uma mulher de vida interior, de silêncio, de reflexão, de vida contemplativa, de rezar o que vive. Assim, Maria ensina-nos que as ações de misericórdia para com os outros têm de brotar do interior das pessoas.
Hoje, é o Dia Mundial da Paz. Para haver paz no mundo e entre nós, é necessário vencer a indiferença. Temos de pedir a paz a Deus, mas também temos de trabalhar todos os dias para que haja paz e eliminar um dos piores sentimentos do nosso tempo que é a indiferença. A indiferença é fruto do individualismo, da ignorância e do desinteresse; por isso, destrói a paz, não deixa que haja paz. Haverá paz a partir da conversão e da criatividade, utilizando as armas da cultura, da educação, do diálogo e da cooperação. O papa João XXIII, na sua encíclica “Pacem in Terris”, de 11 de Abril de 1963, escreveu os quatro princípios fundamentais para se conseguir a paz: 1) a verdade, como fundamento da justiça; 2) a justiça, como meta da paz; 3) o amor, como máquina da paz; 4) a liberdade, como ambiente da paz. Assim, lutar pela paz é cultivar a verdade, a justiça, o amor e a liberdade.
Ao iniciarmos um novo ano, peçamos a Maria, a Rainha da Paz, que nos acolha com ternura no seu regaço e que tenhamos sempre paz nos nossos corações. E que esta paz no coração contribua para que em cada dia haja mais paz na sociedade que nos rodeia. A paz no coração das pessoas é o coração da paz social. Hoje, é o primeiro dia do ano, que seja o primeiro de muitos dias abençoados por Deus, dias de paz e de harmonia para toda a humanidade, desafiada a ser família amiga e solidária, em fraternidade universal.
Cónego Jorge Seixas |
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