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Notícias da Igreja
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Jornal - Notícias da Igreja

A importância da homilia

“As tarefas e funções que competem a cada um relativamente à Palavra de Deus são diversas: aos fiéis compete ouvi-la e meditá-la, enquanto a sua exposição cabe somente àqueles que, em virtude da Ordem sacra, receberam a tarefa do magistério, ou àqueles a quem é confiado o exercício deste ministério», ou seja, bispos, presbíteros e diáconos. Daqui se compreende a atenção particular que, no Sínodo, foi dispensada ao tema da homilia. Já na Exortação apostólica pós-sinodal Sacramentum caritatis, recordei como, «pensando na importância da palavra de Deus, surge a necessidade de melhorar a qualidade da homilia; de facto, “esta constitui parte integrante da ação litúrgica”, cuja função é favorecer uma compreensão e eficácia mais ampla da Palavra de Deus na vida dos fiéis». A homilia constitui uma atualização da mensagem da Sagrada Escritura, de tal modo que os fiéis sejam levados a descobrir a presença e a eficácia da Palavra de Deus no momento atual da sua vida. Aquela deve levar à compreensão do mistério que se celebra; convidar para a missão, preparando a assembleia para a profissão de fé, a oração universal e a liturgia eucarística. Consequentemente aqueles que, por ministério específico, estão incumbidos da pregação tenham verdadeiramente a peito esta tarefa. Devem-se evitar tanto homilias genéricas e abstratas que ocultam a simplicidade da Palavra de Deus, como inúteis divagações que ameaçam atrair a atenção mais para o pregador do que para o coração da mensagem evangélica. Deve resultar claramente aos fiéis que aquilo que o pregador tem a peito é mostrar Cristo, que deve estar no centro de cada homilia. Por isso, é preciso que os pregadores tenham familiaridade e contacto assíduo com o texto sagrado; preparem-se para a homilia na meditação e na oração, a fim de pregarem com convicção e paixão. A assembleia sinodal exortou a ter presente as seguintes perguntas: «O que dizem as leituras proclamadas? O que dizem a mim pessoalmente? O que devo dizer à comunidade, tendo em conta a sua situação concreta?». O pregador deve deixar-se «interpelar primeiro pela Palavra de Deus que anuncia», porque – como diz Santo Agostinho – «seguramente fica sem fruto aquele que prega exteriormente a Palavra de Deus sem a escutar no seu íntimo». Cuide-se, com atenção particular, a homilia dos domingos e solenidades; e mesmo durante a semana nas Missas, quando possível, não se deixe de oferecer breves reflexões, apropriadas à situação, para ajudar os fiéis a acolherem e tornarem fecunda a Palavra escutada”. (Verbum Domini, n. 59)

 
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Jornal - Notícias da Igreja

A Sagrada Escritura e o Leccionário

“ Ao acentuar o nexo entre Palavra e Eucaristia, o Sínodo quis justamente evocar também alguns aspetos da celebração inerentes ao serviço da Palavra. Quero mencionar, em primeiro lugar, a importância do Leccionário. A reforma desejada pelo Concílio Vaticano II mostrou os seus frutos, tornando mais rico o acesso à Sagrada Escritura que é oferecida abundantemente sobretudo nas liturgias do domingo. A estrutura atual, além de apresentar com frequência os textos mais importantes da Escritura, favorece a compreensão da unidade do plano divino, através da correlação entre as leituras do Antigo e do Novo Testamento, «centrada em Cristo e no seu mistério pascal». Certas dificuldades que se sentem ao querer identificar as relações entre as leituras dos dois Testamentos devem ser consideradas à luz da leitura canónica, ou seja, da unidade intrínseca da Bíblia inteira. Onde se sentir a necessidade, os organismos competentes podem prover à publicação de subsídios que tornem mais fácil compreender o nexo entre as leituras propostas pelo Lecionário, que devem ser todas proclamadas na assembleia litúrgica, como previsto pela liturgia do dia. Eventuais problemas e dificuldades sejam assinalados à Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.

Além disso, não devemos esquecer que o Leccionário atual do rito latino tem também um significado ecuménico, visto que é utilizado e apreciado mesmo por confissões em comunhão ainda não plena com a Igreja Católica. De modo diverso se apresenta o problema do Lecionário nas liturgias das Igrejas Católicas Orientais, que o Sínodo pede para ser «examinado com autoridade» segundo a tradição própria e as competências das Igrejas sui iuris e tendo em conta também o contexto ecuménico”. (Verbum Domini, n. 57)

 
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Jornal - Notícias da Igreja

                             O MINISTÉRIO LITÚRGICO DO DIÁCONO

 

As Congregações para a Educação Católica e para o Clero publicaram em 1998 o Diretório do Ministério e da Vida dos Diáconos Permanentes. Este documento, depois de expor o estatuto jurídico dos diáconos, refere-se aos seus vários ministérios. Apresentamos, aqui, o que se refere aos seus vários ministérios. Reproduzimos, aqui, o que se refere ao ministério da Palavra, da liturgia e da caridade. Ao falar da espiritualidade do diácono, este documento baseia-se sobretudo no seu ministério da Palavra e em seguida no da celebração sacramental.

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Jornal - Notícias da Igreja

A sacramentalidade da Palavra

 

“Com o apelo ao carácter performativo da Palavra de Deus na acção sacramental e o aprofundamento da relação entre Palavra e Eucaristia, somos introduzidos num tema significativo, referido durante a Assembleia do Sínodo: a sacramentalidade da Palavra. A este respeito é útil recordar que o Papa João Paulo II já aludira «ao horizonte sacramental da Revelação e, de forma particular, ao sinal eucarístico, onde a união indivisível entre a realidade e o respectivo significado permite identificar a profundidade do mistério». Daqui se compreende que, na origem da sacramentalidade da Palavra de Deus, esteja precisamente o mistério da encarnação: «o Verbo fez-Se carne» (Jo 1, 14), a realidade do mistério revelado oferece-se a nós na «carne» do Filho. A Palavra de Deus torna-se perceptível à fé através do «sinal» de palavras e gestos humanos. A fé reconhece o Verbo de Deus, acolhendo os gestos e as palavras com que Ele mesmo se nos apresenta. Portanto, o horizonte sacramental da revelação indica a modalidade histórico-salvífica com que o Verbo de Deus entra no tempo e no espaço, tornando-Se interlocutor do homem, chamado a acolher na fé o seu dom.

Assim é possível compreender a sacramentalidade da Palavra através da analogia com a presença real de Cristo sob as espécies do pão e do vinho consagrados. Aproximando-nos do altar e participando no banquete eucarístico, comungamos realmente o corpo e o sangue de Cristo. A proclamação da Palavra de Deus na celebração comporta reconhecer que é o próprio Cristo que Se faz presente e Se dirige a nós para ser acolhido. Referindo-se à atitude que se deve adoptar tanto em relação à Eucaristia como à Palavra de Deus, São Jerónimo afirma: «Lemos as Sagradas Escrituras. Eu penso que o Evangelho é o Corpo de Cristo; penso que as santas Escrituras são o seu ensinamento. E quando Ele fala em “comer a minha carne e beber o meu sangue” (Jo 6, 53), embora estas palavras se possam entender do Mistério [eucarístico], todavia também a palavra da Escritura, o ensinamento de Deus, é verdadeiramente o corpo de Cristo e o seu sangue. Quando vamos receber o Mistério [eucarístico], se cair uma migalha sentimo-nos perdidos. E, quando estamos a escutar a Palavra de Deus e nos é derramada nos ouvidos a Palavra de Deus que é carne de Cristo e seu sangue, se nos distrairmos com outra coisa, não incorremos em grande perigo?». Realmente presente nas espécies do pão e do vinho, Cristo está presente, de modo análogo, também na Palavra proclamada na liturgia. Por isso, aprofundar o sentido da sacramentalidade da Palavra de Deus pode favorecer uma maior compreensão unitária do mistério da revelação em «acções e palavras intimamente relacionadas», sendo de proveito à vida espiritual dos fiéis e à acção pastoral da Igreja”, (Verbum Domini n. 56)

 

 
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Jornal - Notícias da Igreja

Santos de Junho

 

O mês de Junho põe Portugal em festa: a 13 é Santo António, a 24 São João e a 29 São Pedro. A denominação de santos “populares” é tradicional e exacta: os Santos de Junho são, com S. Sebastião, os mais festejados em Portugal.

É o que resulta do recenseamento das festas populares, terminado em 1989 em todo o país, a que responderam 74% das paróquias. Sem contar com as festas de Natal e de Páscoa, realizavam-se, no ano de 1987, nas paróquias respondentes, 6597 festas.

As festas de S. António e S. João são, segundo os estudiosos, “festejos da existência”. Por isso eles são casamenteiros. De resto, na forma como o povo os festeja, sobretudo S. João, designadamente no Porto, por exemplo, não se sabe, muitas vezes, o que há ali de especificamente cristão. Mas o facto possivelmente não resulta de que os tempos estão mudados, ou de que a fé é pusilânime, mas de que, antes de serem cristãs, estas festas celebravam os ciclos da vida, evocando e propiciando os seus princípios.

Independentemente dos conteúdos especificamente cristãos que lhe estão associados, as festas dos santos populares são o pretexto para evocar e exaltar a vida que o sol, no solstício, traz consigo. Esta é efectivamente a conotação primeira da celebração, aquela que, de resto, tem mais ressonâncias antropológicas. Basta recordar que, pelo S. João, se fazia em muitas localidades do país uma fogueira que impedia o sol de esmorecer no seu esplendor.

Operação cósmica semelhante tinha sido levada a cabo por ocasião do solstício de inverno em que se celebrava o “natalis solis invicti ”, transformada posteriormente na celebração do nascimento de Cristo, com a única diferença de que, então, se tentava aviventar o sol. E é interessante notar que a fogueira de S. João nem sempre era feita com os grandes cepos que se costumavam colocar na fogueira de Natal. Esse grande lumaréu era feito de ervas aromáticas - alecrim, bela-luz, esteva, rosmaninho, giesta e manjerona – possivelmente para dar ao sol os aromas que o Verão depositava nos frutos.

O culto a Santo António, estimulado pela fama de inúmeros milagres, tem sido ao longo dos séculos objecto de grande devoção popular por todo o mundo. É um dos santos de maior devoção de todos os povos e, sem dúvida, o primeiro português com projecção universal. De Lisboa ou de Pádua, é para o mundo católico o santo “milagreiro”, “casamenteiro”, do “responso” e do Menino Jesus.

As festas populares de S. António, S. João e S. Pedro, estão, pois, enquadradas por um vasto mundo de referências que as relacionam com significados que, pouco tendo de cristão, são certamente tradicionais.

As festas populares, manifestações colectivas, as crenças e ritos de devoção particular são as grandes marcas da religiosidade popular no nosso país. Nas festividades populares, com ou sem relação com o ritual oficial e, muitas vezes, com origem em cultos naturalísticos, é possível encontrar manifestações particulares, por vezes, com carácter mágico.

Quando falamos de religiosidade, de facto, referimo-nos a um conjunto de práticas simbólicas de raiz popular (no sentido em que se distinguem das produções religiosas das dos “intelectuais” e das instituições que regulam o campo religioso) e se referem a significados que transcendem a própria comunidade mas a identificam enquanto tal. Trata-se, pois, de fenómenos culturais integrados no quadro de significações que as comunidades produziram na sua interacção secular (por isso se tornou corrente falar, também de religiosidades tradicionais).

A atenção especial aos sinais da natureza como a água, a terra, a luz, o céu fascinou desde sempre as pessoas. A religiosidade popular, cósmica e natural, pode servir, no caso da Igreja Católica, para compreender melhor a utilização de sinais e gestos simbólicos que expressam uma componente profundamente humana e religiosa. Por isso, tem sido sempre chamada a atenção para uma verdadeira integração entre a liturgia e a piedade popular, como aconteceu na liturgia da Igreja dos primeiros séculos, com algumas celebrações, e na liturgia romana da Idade Média, com as procissões, ladainhas e outros ritos, assumidos em forma de culto.

 

 

 
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