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Notícias da Igreja
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Jornal - Notícias da Igreja

O MINISTÉRIO LITÚRGICO DO DIÁCONO

Procurando definir a identidade teológica específica do diácono, as “Normas Fundamentais para a Formação dos Diáconos Permanentes”, publicadas conjuntamente pela Congregação para a Educação Católica e pela Congregação para o Clero em 1998, esclarecem que “ele é, na Igreja, sinal sacramental específico de Cristo servo”. Sendo “intérprete das necessidades e dos desejos das comunidades cristãs”, compete-lhe também ser “animador do serviço, ou seja, da diakonia” (Paulo VI), que é parte essencial da missão da Igreja. Coerentemente, sublinha-se que os diáconos exercem os três ofícios próprios do ministério ordenado (“ensinar”, “santificar” e “governar”) “segundo a perspectiva própria da diaconia”. Mais ainda, o “ministério mais típico do diácono” “exerce-se na dedicação às obras de caridade e de assistência e na animação de comunidades ou sectores da vida eclesial, dum modo especial no que toca à caridade”.

Como esclarece o mesmo documento, no plano concreto do exercício não há um modelo único, sendo necessário ter em conta as situações pastorais de cada Igreja. Mas parece-nos de reter que, também entre nós, a função diaconal que mais importa valorizar e promover não deverá ser a função litúrgica mas sim a da diaconia da caridade. Posto isto, e porque a celebração eucarística é a principal manifestação da Igreja, é imperativo que também nela se destaque a intervenção do diácono. Recordam, muito a propósito, as referidas “Normas Fundamentais” que “o ministério diaconal tem o seu ponto de partida e de chegada na Eucaristia e que não pode reduzir-se a um simples serviço social”.

Deveria motivar e inspirar a nossa reflexão o facto de a iconografia cristã nos representar sempre os santos diáconos revestidos dos paramentos requeridos para a celebração eucarística. Mencionemos apenas o exemplo de São Lourenço, arquidiácono de Roma, que, depois de distribuir pelos pobres todos os recursos que a Igreja confiara à sua administração solícita, os apresentou como “o tesouro da Igreja”, ludibriando a cobiça dos perseguidores. Coroou a sua diaconia com o martírio em 10 de Agosto do ano 258, 4 dias depois de o Papa S. Sisto, ter alcançado a mesma coroa, juntamente com os seus outros diáconos (Lourenço foi poupado durante estes 4 dias porque as autoridades romanas tinham a expectativa de lhe apanharem o tesouro da Igreja, por ele geridos). Pois bem, este campeão da caridade evangélica é sempre representado na iconografia impecavelmente revestido da sua dalmática, pronto para oficiar nos divinos mistérios. Aludindo, precisamente, ao seu ofício litúrgico, dele disse S.to Agostinho que “ministrou na Igreja de Roma o Sangue de Cristo e nela também derramou o seu próprio sangue pelo nome de Cristo”. E um antigo relato da sua “paixão”, citado por S.to Ambrósio de Milão, põe na boca do santo diácono estas palavras, dirigindo-se ao Papa S. Sisto: “Tu nunca tiveste o costume de oferecer o sacrifício sem o teu diácono!”

Deve dar-se visibilidade litúrgica ao diácono, sobretudo na celebração eucarística, não tanto para emprestar à liturgia uma “solenidade” acessória (cuja falta poderia ser facilmente suprida por outros “acessórios”) mas, sobretudo, para fazer dela uma expressão mais plena da Igreja e da importância que esta sempre atribuiu (e não pode deixar de atribuir) à diaconia da caridade que tem na Eucaristia o seu cume e a sua fonte. Justamente se insiste na IGMR: “Depois do presbítero, por força da ordenação recebida, o diácono ocupa o primeiro lugar entre aqueles que servem na celebração eucarística. Com efeito, a sagrada Ordem do diaconado foi tida sempre em especial consideração na Igreja desde os primeiros tempos dos Apóstolos. São funções próprias do diácono, na Missa: proclamar o Evangelho e, eventualmente pregar a palavra de Deus, enunciar as intenções na oração universal, assistir ao sacerdote, preparar o altar e servir na celebração do sacrifício, distribuir a Eucaristia aos fiéis, particularmente sob a espécie do vinho, indicar eventualmente ao povo os gestos e atitudes do corpo” (n. 94). “Em qualquer celebração da Missa, estando presente um diácono, este desempenha o seu ministério” (n. 116).

 

 
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Jornal - Notícias da Igreja

Exortação “Verbum Domini”

do Papa Bento XVI

(extractos)

Traduções, serviço ao ecumenismo: “A promoção das traduções comuns da Bíblia faz parte do trabalho ecuménico. Desejo aqui agradecer a todos os que estão comprometidos nesta importante tarefa e encorajá-los a continuarem na sua obra.” (46)

Escritura e Liturgia: “Exorto os Pastores da Igreja e os agentes pastorais a fazer com que todos os fiéis sejam educados para saborear o sentido profundo da Palavra de Deus que está distribuída ao longo do ano na liturgia, mostrando os mistérios fundamentais da nossa fé.” (52)

A homilia: “É preciso que os pregadores tenham familiaridade e contacto assíduo com o texto sagrado; preparem-se para a homilia na meditação e na oração, a fim de pregarem com convicção e paixão.” (59)

Celebrações da Palavra de Deus: “Os Padres sinodais exortaram todos os Pastores a difundir, nas comunidades a eles confiadas, os momentos de celebração da Palavra. (...) Tal prática não pode deixar de trazer grande proveito aos fiéis, e deve considerar-se um elemento importante da pastoral litúrgica.” (65)

Acústica: “Para favorecer a escuta da Palavra de Deus, não se devem menosprezar os meios que possam ajudar os fiéis a prestar maior atenção. Neste sentido, é necessário que, nos edifícios sagrados, nunca se descuide a acústica, no respeito das normas litúrgicas e arquitectónicas.” (68)

Canto litúrgico: “No âmbito da valorização da Palavra de Deus durante a celebração litúrgica, tenha-se presente também o canto nos momentos previstos pelo próprio rito, favorecendo o canto de clara inspiração bíblica capaz de exprimir a beleza da Palavra divina por meio de um harmonioso acordo entre as palavras e a música. Neste sentido, é bom valorizar aqueles cânticos que a tradição da Igreja nos legou e que respeitam este critério; penso particularmente na importância do canto gregoriano.” (70)

Atenção aos portadores de deficiência: “O Sínodo recomendou uma atenção particular àqueles que, por causa da própria condição, sentem dificuldade em participar activamente na liturgia, como por exemplo os cegos e os surdos.” (71)

A animação bíblica da pastoral: “O Sínodo convidou a um esforço pastoral particular para que a Palavra de Deus apareça em lugar central na vida da Igreja, recomendando que ‘se incremente a pastoral bíblica, não em justaposição com outras formas da pastoral mas como animação bíblica da pastoral inteira’.” (73)

Dimensão bíblica da catequese: “A actividade catequética implica sempre abeirar-se das Escrituras na fé e na Tradição da Igreja, de modo que aquelas palavras sejam sentidas vivas, como Cristo está vivo hoje onde duas ou três pessoas se reúnem em seu nome.” (74).

Lectio Divina: “Nos documentos que prepararam e acompanharam o Sínodo, falou-se dos vários métodos para se abeirar, com fruto e na fé, das Sagradas Escrituras. Todavia prestou-se maior atenção à lectio divina, que ‘é verdadeiramente capaz não só de desvendar ao fiel o tesouro da Palavra de Deus, mas também de criar o encontro com Cristo, Palavra divina viva’.” (87)

 
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Exortação “Verbum Domini”

do Papa Bento XVI (extractos)

Iniciamos a apresentação de algumas das passagens mais representativas da exortação apostólica pós-sinodal Verbum Domini, de Bento XVI, que recolhe as conclusões do Sínodo dos Bispos realizado no Vaticano em Outubro de 2008, sobre “A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja”.

Objectivo: “Desejo assim indicar algumas linhas fundamentais para uma redescoberta, na vida da Igreja, da Palavra divina, fonte de constante renovação, com a esperança de que a mesma se torne cada vez mais o coração de toda a actividade eclesial.” (n. 1)

Religião da Palavra, não do livro: “A fé cristã não ser uma ‘religião do Livro’: o cristianismo é a ‘religião da Palavra de Deus’, não de ‘uma palavra escrita e muda, mas do Verbo encarnado e vivo’.” (7)

Tradição e Escritura: “É a Tradição viva da Igreja que nos faz compreender adequadamente a Sagrada Escritura como Palavra de Deus.” (17)

Sagrada Escritura, inspiração e verdade: “A Sagrada Escritura é ‘Palavra de Deus enquanto foi escrita por inspiração do Espírito de Deus’. Deste modo se reconhece toda a importância do autor humano que escreveu os textos inspirados e, ao mesmo tempo, do próprio Deus como verdadeiro autor.” (19)

Deus escuta o homem: “É decisivo, do ponto de vista pastoral, apresentar a Palavra de Deus na sua capacidade de dialogar com os problemas que o homem deve enfrentar na vida diária. (...) A pastoral da Igreja deve ilustrar claramente como Deus ouve a necessidade do homem e o seu apelo.” (23)

Exegese: “No seu trabalho de interpretação, os exegetas católicos jamais devem esquecer que interpretam a Palavra de Deus. A sua tarefa não termina depois que distinguiram as fontes, definiram as formas ou explicaram os processos literários. O objectivo do seu trabalho só está alcançado quando tiverem esclarecido o significado do texto bíblico como Palavra actual de Deus.” (33)

Antigo Testamento e judaísmo: “A compreensão judaica da Bíblia pode ajudar a inteligência e o estudo das Escrituras por parte dos cristãos. (...) O Novo Testamento está oculto no Antigo e o Antigo está patente no Novo. (...) Desejo afirmar uma vez mais quão precioso é para a Igreja o diálogo com os judeus.” (41/43)

Bíblia e ecumenismo: “Na certeza de que a Igreja tem o seu fundamento em Cristo, Verbo de Deus feito carne, o Sínodo quis sublinhar a centralidade dos estudos bíblicos no diálogo ecuménico, que visa a plena expressão da unidade de todos os crentes em Cristo.” (46)

 

 
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Natal em Terras do Islão

 

Como é que se celebra o Natal em situação religiosa minoritária? Mais concretamente num país muçulmano? Esta pergunta que me fazem de vez em quando, por ser cristão originário do Egipto, merece de entrada um esclarecimento acerca do sentido de celebrar? Se é o frenesim comercial e decorativo que se conhece nos países ditos cristãos, ou ainda as encenações dos Pais Natais, das Árvores do Natal e da panóplia de trocas de prendas ou de boas festas, etc.? Ou a celebração litúrgica e interior, incluindo o tempo preparativo do Advento?

É que, em termos estritamente cristãos, parece-me existir uma grande analogia entre a Europa ou as Américas “pagãs” e consumistas e – digamos – o Médio Oriente maioritariamente muçulmano. Em ambos os mundos se vive o verdadeiro cristianismo em contexto “minoritário”! Por cá e por lá o que se deve comemorar é o nascimento do Menino que veio mudar o mundo e acordar as consciências... A celebração religiosa deveria implicar, antes de tudo, a contemplação colectiva e individual deste “mistério-sacramento” e a consequente mudança dos parâmetros da nossa vida...

Para além das celebrações enquanto tais, o povo cristão deve saber viver os seus ritos e a sua fé, a sua visão do mundo, como testemunho duma realidade de facto plasmada nas entranhas da terra e funda no coração dos humanos, se bem que de modo não aparente. Como é então que vejo e posso viver a mensagem natalícia num meio muçulmano, onde impera uma imagem de Deus essencialmente transcendente e omnipotente? Onde a crença num Filho de Deus feito homem soa ao politeísmo e à blasfémia, passível de retaliação violenta?

Em primeiro lugar, há que considerar que, no livro sagrado dos muçulmanos, “Jesus filho de Maria” é tido como um profeta muito particular. Ele é “Sua palavra”, “um espírito dEle” que foi “soprado” no seio da virgem Maria, ela própria descendente da família do profeta Omrán. Isa ’bnu Maryam fez milagres inacreditáveis desde a tenra idade! Mas sobretudo, ele e a sua mãe foram as únicas criaturas que foram geradas sem “serem tocadas por Iblís (o Diabo)”. Há que frisar, logo aqui, neste preciso dia da N.S. da Conceição, como é que os muçulmanos acreditam, desde os alvores do século VII, na “imaculada concepção” da Virgem Maria, isto é, mais que doze séculos antes da proclamação católico-romana do respectivo dogma (1854)!

Ora bem, o Natal é simplesmente a comemoração do nascimento desse profeta “misterioso”! Celebra-se tal como os muçulmanos costumam celebrar o nascimento do profeta Muhâmad na festa do Múlid al-Nábi (prática inaugurada apenas no século IX, por inspiração da prática cristã então vigente). Contudo, para os cristãos, não se trata apenas de celebrar o aniversário do seu “profeta”. Celebra-se o mistério do Deus que se fez homem, assumindo ser pequeno, fraco, frágil e vulnerável (perseguido por Herodes...), convidando à ternura materna e à compaixão.

Ora isto deveria tocar todo o muçulmano, pois ele invoca continuamente Deus com “o todo clemente e misericordioso”: al-rahmán al-rahím - palavras que têm a sua origem no termo rahm, o útero materno, a matriz!

Afinal, com o Natal cristão, convida-se a celebrar o mistério do amor que liga o Deus-Criador, transcendente e omnipotente, à sua humilde e “infanta” criatura. Convida-se a rejeitar toda a vanglória e o orgulho, a prepotência e a violência. A desenvolver a bondade e a solidariedade, a confiança na misericórdia de Deus (outro sentido do taslím, ‘submissão e entrega indefesa’...) para ultrapassar as nossas fragilidades e limites, a nós todos e todas.

Adel Sidarus (Évora),

professor de Estudos Árabes e Islâmicos da Universidade de Évora

 

 

 
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Árvore de Natal- árvore da Vida

Há quatro anos foi reeditado um pequeno livro “A Graça do Natal”, com meditações do Papa sobre o Natal, quando ainda era arcebispo de Munique. Pareceu útil transmitir neste lugar e oportunidade, uma ou outra meditação, como ajuda possível para a vivência da liturgia e da espiritualidade cristã. São meditações concisas e estimulantes que, ainda assim, procuramos adequar ao espaço que nos é reservado e por isso não poderão sair integralmente.

«Há tempos, tive a felicidade de ver a mais antiga árvore de Natal do mundo que se conserva, em jeito de retábulo do altar-mor, na igreja do Menino Jesus, próxima de Steyr. A história dessa árvore remonta ao ano 1694. Nessa altura, Steyr tinha um novo carrilhonista e mestre-capela que sofria de epilepsia, “doença vergonhosa”, como relatava fielmente uma crónica. Em Melk, donde era oriundo, fora educado a venerar o Menino Jesus. Colocou, então, na cavidade de um abeto de tronco médio, uma imagem da Sagrada Família a que rezava, sentindo-se fortalecido e consolado, na sua doença. Entretanto, ouviu falar de uma representação do Menino Jesus que dera a cura a uma religiosa paralítica. Obteve cópia fiel, em cera, do Menino Jesus com a cruz numa mão e a coroa de espinhos na outra. Colocando-o à frente da árvore, rezou e logo sentiu uma energia de cura que dela emanava. Isso acabou por se saber e as pessoas começaram a vir em peregrinação ao Menino Jesus. Após a hesitação das autoridades eclesiásticas de Passau, os habitantes obtiveram autorização para construir uma capela à volta da árvore. Em 1708, foi lançada a primeira pedra da igreja do Menino Jesus, precioso escrínio para a árvore.

 

Árvore da vida encontrada.

Para mim, esta visita provocou não só uma interpretação de um dos nossos mais belos costumes natalícios, mas permitiu aceder ao próprio centro do mistério de Natal. Esta árvore eleva-se como árvore da vida do Paraíso reencontrado – «o querubim já não monta guarda». Esta árvore é Maria com o bendito fruto do seu ventre: Jesus. Jesus é como uma criança indefesa, que convida, o «Emanuel», o Deus em que se pode tocar, familiar. Atrai até Ele, a nós que, todavia, sofremos profundamente «a doença que nos faz cair». Permanecemos incapazes de caminhar e de manter-nos interiormente aprumados. Não cessamos de baquear, nem somos mestres de nós mesmos, antes estranhos a nós próprios e prisioneiros.

A rotunda sublinha ainda mais esta afirmação. O octógono é a forma clássica da igreja baptismal, ligada a antiquíssimas tradições da história das religiões: a cavidade e a construção em rotunda lembram o útero e o mistério do nascimento. Assim o próprio edifício reenvia novamente a Maria, à Igreja, ao nosso baptismo, ao nosso novo nascimento. Explica-nos o que significa «Deus fez-se criancinha». Palavra retomada por Jesus ao dirigir-se a Nicodemos: «Se não renasceres da água e do Espírito, não poderás entrar no Reino dos Céus».

uma outra palavra de Jesus se lhe liga: «Se vos não tornardes como criancinhas, não entrareis no Reino dos Céus».

Karl Marx declarou um dia, em substância: não serás autónomo enquanto fores tributário do bom querer de outro; enquanto não fores autónomo, não serás livre, mas dependente. Ora isso quer dizer que o amor é declarado como uma servidão, porque implica que eu tenha necessidade do outro e das suas boas graças. Esta ideia de liberdade concebe o amor como uma escravatura e pressupõe a destruição do amor. Nisso, é atentado à Verdade do ser humano que vive do Amor.

 

O Fruto da Árvore da Vida

O Menino Jesus reenvia-nos a esta verdade primeira do homem: devemos nascer de novo; ser amados e deixar-nos amar; deixar transformar a nossa dependência em amor para sermos livres. Reconhecer e receber no Menino Jesus o fruto da Vida. É a isso que o Natal nos quer conduzir; é a verdade do Menino, o fruto da Árvore da Vida. E a árvore de Christkindl (aldeia austríaca) que nos diz isso é um ostensório: aquele que é o Pão da Vida avança; a Salvação torna-se visível; Ele é a cruz e pode tornar-se assim o altar. O menino traz a cruz e a coroa de espinhos nas mãos, sinais do Amor que transforma a árvore em Cruz e a Cruz em banquete de vida eterna. Jesus, fruto da Árvore da Vida e que é a própria Vida fez-se tão pequeno que as nossas mãos podem contê-lo. Não desprezemos a sua confiança. Ofereçamo-nos às Suas mãos, como Ele se dá às nossas».

(La Grâce de Noël, Joseph Ratzinger, éditions Parole et Silence, 2007, pp 41-48)

 
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